Polícia

Mortos pela PM eram de quadrilha de roubos de carros

O bando vendia os veículos para financiar tráfico de drogas

18 JAN 2019 • POR Da Redação com Assessoria • 11h11
A quadrilha segundo a polícia teria ligação com facção criminosa - Divulgação

Parte da quadrilha presa, sendo que dois integrantes morreram em troca de tiros com o Batalhão de Choque  durante assalto na madrugada desta sexta-feira (18), usava o dinheiro da venda dos carros roubados para financiar o tráfico de drogas, segundo informações da polícia.

A quadrilha era composta por três homens, sendo que dois morreram na troca de tiros, uma mulher identificada como Joicilene Oliveira, 23 anos, e um adolescente de 16 anos, que foi detido. Joicilene era responsável pela parte administrativa, como a venda dos veículos e o gerenciamento do dinheiro depositado em uma conta específica.

Segundo a polícia, a quadrilha era bem organizada e o dinheiro da venda dos carros roubados financiava o tráfico de drogas. Eles possivelmente tinham ligação com facção criminosa. A camionete Hilux, o Corolla e o HB20 seriam levados, assim como o Fiat Strada para o Paraguai.

O ladrão morto na troca de tiros com os policiais dentro da lanchonete não foi identificado ainda, já o bandido morto no bairro Vila Vilas Boas em uma casa, que era de sua propriedade, foi identificado como Geraldo Figueira Mendonça, 30 anos. Todos têm passagens por tráfico de drogas, roubo e furto. Não foi informado há quanto tempo a quadrilha agia na capital.

Atendente

O atendente da Subway, de 36 anos, que preferiu não ser identificado, foi quem chamou a polícia, relatou momentos de terror que viveu durante o assalto. O roubo aconteceu na loja em frente à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A ocorrência atendida por policiais do Batalhão de Choque e civis terminou com dois bandidos mortos, três presos e quatro carros recuperados.

Trabalhando há cinco meses no local, a vítima contou que os dois bandidos chegaram em um Fiat Strada, pediram um lanche e sentaram para comer. “Eles estavam comendo normalmente, mas passei a desconfiar depois que um deles não parava de olhar para o caixa”. Momentos depois, um dos ladrões anunciou o assalto, nisso, o funcionário correu, se trancou no escritório e ligou para a polícia.

Enquanto um assaltante ficou no estabelecimento com a médica que havia chegado no local em um HB20, o outro foi atrás do atendente e arrombou a porta. “Eles queriam o cofre e me ameaçaram dizendo que se eu não descesse iriam matar a médica. Acho que estavam drogados”, diz. Um dos ladrões conseguiu fugir levando o carro da vítima e R$ 300 do caixa.

Um dos ladrões foi até a porta e começou a chutar para tentar arrombar e entrar no local. O funcionário, então, abriu a porta e desceu com o autor, que pedia a todo momento que o cofre da lanchonete fosse aberto. “Consegui enrolar eles (bandidos) por pelo menos 20 minutos”.