Economia

Habitação e alimentos impactaram inflação anual em Campo Grande

Parecer do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais da Uniderp aponta que índice acumulado de 2018 é de 3,70%

18 JAN 2019 • POR Da redação com assessoria • 17h17
Principais responsáveis pela inflação de dezembro foram os grupos: Habitação e contribuição - Reprodução/Internet

O acumulado da inflação de 2018 em Campo Grande ficou em 3,70%, abaixo da meta inflacionária de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A taxa faz parte do levantamento do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Uniderp, que calcula o Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) há 16 anos. O resultado incluiu também a inflação de dezembro, 0,14%, o menor indicador para o mês desde o ano de 2007, quando foi de (-0,02%).

"Há vários motivos que ajudaram nesse resultado da inflação acumulada. A estabilização do valor do dólar frente ao real após as eleições pode ter impactado em quedas de preços de alguns produtos importados como o trigo, máquinas de alta precisão, eletroeletrônicos, gasolina e produtos natalinos em geral. Outros fatores que influenciaram foram o alto desemprego no país, os juros ainda elevados e o grande endividamento da população", explica o coordenador do Nepes/Uniderp, Celso Correia de Souza. Outro destaque que inibiu o crescimento da inflação durante o ano foram as frequentes quedas nos preços dos combustíveis, de acordo com o professor.

Em 12 meses, os grupos Habitação e Alimentação tiveram as variações mais altas: 6,42% e 4,66%, respectivamente. Nesse período, o grupo Transportes apresentou uma forte deflação, da ordem de -3,53% e os outros grupos, Educação, Despesas Pessoais, Saúde e Vestuário ficaram com taxas dentro da normalidade.

Dezembro

Na análise apenas do último mês de 2018, os principais responsáveis pela inflação de dezembro foram os grupos: Habitação, com inflação de 0,91% e contribuição de 0,29% para o índice geral de inflação; Alimentação, com 0,90% e colaboração de 0,18%; e Saúde, com inflação de 0,09% e participação de 0,01%.

Com deflações, ficaram: Transportes, com deflação de (-1,85%) e contribuição de (-0,28%), Educação com deflação de (-0,12%) e contribuição de (-0,01%), Despesas Pessoais, com deflação de (-0,61%) e contribuição de (-0,05%) e Vestuário, com deflação de (-0,10%) e contribuição de (-0,01%).

O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) é um indicador da evolução do custo de vida das famílias dentro do padrão de vida e do comportamento racional de consumo. O IPC busca medir o nível de variação dos preços mensais do consumo de bens e serviços, a partir da comparação da situação de consumo do mês atual em relação ao mês anterior, de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.