Geral

Sob efeito do álcool, afogamentos são comuns até para quem sabe nadar

O Corpo de Bombeiros alerta para esses acidentes, em especial nessa época do ano, período de férias e calor

20 JAN 2019 • POR Da redação • 12h51
Banhistas devem se atentar para os riscos de afogamento ao frequentar rios, lagos e piscinas - Divulgação

O consumo de bebida alcoólica nos momentos de lazer em piscinas, rios e mares traz um grande risco aos banhistas. Sob o efeito de álcool, perde-se a capacidade respiratória, capacidade motora, equilíbrio e força muscular, o que pode acabar em afogamento. As tragédias acontecem até mesmo com quem sabe nadar. O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul alerta para esses acidentes, em especial nessa época do ano, período de férias e calor.

“A ingestão de bebida alcoólica tem sido um fator complicador. Rios, mares e piscinas já são perigosos se não houver atenção, se o indivíduo beber, isso pode ser ainda pior. Até mesmo para quem sabe nadar, o álcool é fatal”, explicou o tenente do Corpo de Bombeiros Diego Baumgardt, mergulhador e especialista em salvamento aquático.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram registrados 50 atendimentos por afogamento em 2018 e 56 em 2017 no Estado. Nos primeiros 17 dias de 2019, foram contabilizados três afogamentos em Mato Grosso do Sul, um na Capital e dois no interior. Não há informações de quantas vítimas estariam  alcoolizadas nesses somatórios.

Segundo relatos do tenente, no começo do ano, um homem de 60 anos, morador de Rio Negro, morreu afogado na Cachoeira do Rio do Peixe depois de entrar no rio alcoolizado. “Ele era conhecido na região como guia por conhecer tanto o local. Além disso, ele sabia nadar”, explicou. A vítima estava com familiares na cachoeira no dia da tragédia e ele mesmo já havia alertado sobre lugares onde parentes não deviam ficar.

“Familiares relataram que ele estava visivelmente alcoolizado. Ele começou a se debater na água, em um lugar mais afastado das outras pessoas, e como ele sabia nadar e conhecia muito bem o local, acharam que ele estava brincando. Só perceberam que não era brincadeira quando ficou apenas o boné boiando na água e ele sumiu no rio”, conta o tenente. A água turva quase impossibilita a visão e, nesses casos, a dificuldade de encontrar o indivíduo sem equipamentos de mergulho é de dificuldade extrema.  

Além da bebida alcoólica, a falta de sinalização em rios e lagos pode ser fator determinante para a ocorrência de acidentes. “Muitos balneários e rios não estão certificados pelo Corpo de Bombeiros e por isso não possui placas de advertência como: ‘Não pule’, ‘Cuidado com pedras’ e outras sinalizações importantes para os banhistas”, ressaltou Baumgardt.