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Estudo da CNM aponta mais barragens de alto risco no país

Das 22.920 no país, nove estão em Minas Gerais, que concentra o maior número de barragens de alto risco

27 JAN 2019 • POR Da redação com assessoria • 11h51
Centenas de pessoas continuam desaparecidas após o rompimento da Barragem da Mina Feijão, em Brumadinho (MG) - Divulgação

A tragédia ocorrida em Brumadinho (MG), nesta sexta-feira, (25), confirma as preocupações apontadas em estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) que retrata a realidade e os riscos das barragens no Brasil. Conforme apontamentos da CNM no país, estão catalogadas 14 barragens de alto risco com alto danos associados, cujo uso é de rejeitos de mineração.
 
Foi divulgado que o levantamento estava na lista de publicações da entidade. A pesquisa aponta que existem 22.920 barragens registradas e catalogadas no país (dados de 2016). Mas a maioria – 18.551 barragens – estão sem qualquer informação sobre os riscos e danos potenciais que o rompimento pode causar. Levantamento mais recente, de 2017, elevou a contagem de barragens catalogadas para 24.080. Os dados foram extraídos do Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (Snisb), criado em 2010.
 
Minas Gerais concentra o maior número de barragens com alto risco e alto danos associados, totalizando nove represas. Na sequência, vem o estado de Alagoas com quatro, e uma no Pará. Em Brumadinho (MG), a CNM assevera a preocupação com a barragem Dique Conquistinha, que apresenta “alto risco de rompimento com alto danos associados”.

 Em todo Brasil, são 695 barragens devidamente cadastradas que apresentam categoria de alto risco, associado com danos em potencial, ou seja, todas correm riscos de sofrer algum tipo de ruptura, que podem ocasionar danos ambientais, humanos, financeiros e materiais, distribuídas por quantidade e por tipo.
 
Portanto, a CNM alerta que, entre as ações prioritárias a serem realizadas, está a imediata classificação das barragens sem informação. Assim como acompanhamento, fiscalização e recuperação, que devem ser priorizados nas áreas de barragens de alto risco e alto dano associados para evitar que desastres como o de Mariana e de Brumadinho ocorram nos Municípios.

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