Economia

Orçamento prevê dívida pública espanhola em 90,5% do PIB em 2013

30 SET 2012 • POR Reuters • 05h53
Ministro do Tesouro da Espanha, Cristobal Montoro, apresenta detalhes do Orçamento para 2013 neste sábado ao Parlamento do país.

A dívida pública espanhola chegará a 85,3% do PIB em 2012 e a 90,5% em 2013, cifras superiores às previsões, de acordo com o projeto orçamentário do país para o ano que vem, anunciado ao Parlamento espanhol neste sábado (29). O ano de 2011 encerrou a um nível relativamente baixo na União Europeia, com 68,5% do PIB.

O forte aumento em 2012 se deve, em particular, a necessidades de financiamento bruto de € 207,2 bilhões em 2012, em um contexto de tensões nos mercados, que esperam que o país peça um resgate. O valor está acima dos € 186,1 bilhões que estavam orçados para 2012. Do total, € 159,153 bilhões servirão para financiar os vencimentos de dívida.

Por trás da forte alta, contudo, há também o empréstimo europeu para os bancos espanhóis, a contribuição da Espanha ao resgate de Grécia e Portugal, entre outros fatores.

Embora o empréstimo europeu para recapitalizar os bancos do país seja de € 100 bilhões, nos orçamentos só foram contabilizados os € 30 bilhões 'comprometidos, mas não desembolsados' do pagamento inicial.

Ontem, o secretário de Estado da Economia, Fernando Jiménez Latorre, disse que provavelmente serão pedidos € 40 bilhões de euros de ajuda.

Outro elemento que explica o aumento da dívida é a contribuição que a Espanha tem que fazer ao Mecanismo Europeu de Estabilidade por um importe de € 3,809 bilhões.

Financiamento
O Tesouro deve alterar levemente o perfil de suas emissões, e emitir mais dívida a curto prazo, como letras, e menos de bônus e obrigações.

Os orçamentos reconhecem que houve um aumento no custo médio da dívida em circulação em 2012, já que "as novas emissões foram realizadas a taxas de juros superiores como consequência das turbulências" nos mercados. Além disso, indicam que "a possibilidade de que o Banco Central Europeu compre dívida espanhola deve melhorar as condições de emissão, e representará uma contenção no crescimento do custo da dívida em 2013".

Via G1