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Reajuste salarial de frentistas pode encarecer combustível

"Normal seria repassar, pois é um custo a mais na folha de pagamento que impacta nas contas do revendedor", afirma sindicalista

1 MAR 2019 • POR Marcos Tenório • 15h53
São mais de 160 postos de combustível que "brigam" pelo mercado, em Campo Grande - Reprodução/Internet

Começa a valer a partir de hoje, 1º de março, o novo piso salarial dos trabalhadores em postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul, a remuneração sobe para R$ 1.610,15, já acrescido de 30% de periculosidade e o acumulado da inflação dos últimos 12 meses. Mas o aumento nas bombas de combustível, passa pelo dono do estabelecimento.

O aumento salarial vai beneficiar diretamente os frentistas, lavadores, atendentes de escritório, auxiliares de serviços gerais, valeteiros, lubrificador, vigias, caixa interno do posto (escritório) e atendentes de lojas de conveniências, informa José Hélio da Silva, presidente do Sindicato dos Empregados de Postos de Combustíveis e Derivados do Petróleo do Estado do MS (Sinpospetro-MS).

Edson Lazaroto, gerente-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), informou que, em Campo Grande a concorrência é muito grande, são mais de 160 postos de combustível que "brigam" pelo mercado, mas o aumento na bomba de gasolina vai depender de cada um.

Lazaroto afirmou, “o normal seria repassar, pois é um custo a mais na folha de pagamento que impacta nas contas do revendedor, pois tudo que é custo altera a planilha do posto”, disse.

A reportagem do JD1 Notícia entrou em contato com três postos de combustíveis da capital, os donos foram enfáticos em dizer que não será repassado para o consumidor esse aumento, e que a única alteração que acontece nas bombas, é quando o preço do produto altera nas refinarias.

A dona de um posto no Carandá Bosque disse que nunca repassou essa conta para o consumidor, o repasse é feito quando a uma alta do combustível autorizada pelo governo, e que os custos fixos não são repassados pois se tivesse que fazer isso, a gasolina iria passar de R$ 5,00, afirmou.