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Prefeito decreta situação de emergência devido casos de dengue na capital

Decreto foi publicado no Diário Oficial do Município e coloca Campo Grande em situação de emergência sobre epidemia de dengue

8 MAR 2019 • POR Da Redação com Assessoria • 10h55
Prefeito Marquinhos analisou números e decretou situação de emergência no aumento dos casos de dengue - Divulgação/PMCG

Em uma publicação feita no Diário Oficial do Municipio desta sexta-feira (8), a prefeitura declara situação de no aumento dos casos de dengue registrado esse ano em Campo Grande. O prazo de vigência do decreto é de 180 dias.

O decreto traz uma medida necessária de respostas sobre o controle da doença e com base nos números indicadores da Secretária Municipal de Saúde (Sesau), a capital foi colocada em situação de epidemia da dengue.

De janeiro até o dia 1º de março, foram notificados 7.530 casos de dengue no município, sendo 915 confirmados. Somente no mês de fevereiro, foram registrados 4.514 casos notificados da doença, uma média de mais de 160 notificações por dia. Até o momento, um caso de óbito já foi confirmado e um segundo segue em investigação.

O texto destaca a preocupação quanto a circulação simultânea dos sorotipos Den-1 e Den-4 e a reintrodução do sorotipo Den-2 que voltou a circular no município, o que aumenta a preocupação quanto ao  risco de epidemia de outras doenças cujo vetor também é o Aedes Aegypti, como a Chikungunya e o Zika Vírus, apontado como causador da microcefalia.

Além do ciclo epidêmico destas doenças que ocorrem de três em três anos, o mês de fevereiro registrou um volume considerável de chuvas,  383,2 mm quando o esperado era de 171,4 mm, superando a media esperada em 123,57%, índices pluviométricos que favorecem a eclosão dos ovos.

Por conta disso, houve um aumento da demanda por exames laboratoriais, consultas médicas, produtos e serviços de saúde, contratação de profissionais de saúde, necessidade de leitos hospitalares, em especial a partir de fevereiro e consequentemente aumentou o número de consultas nas Unidades de Pronto Atendimento  (UPAS) e demais unidades da rede;

Diante do aumento significativo de internações exigindo imediato aumento na oferta de pessoal, estrutura, materiais, equipamentos e aparelhamento hospitalar; Considerando o parecer da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil relatando a ocorrência deste desastre, sendo favorável à declaração de situação de emergência.