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Fiems e Famasul defendem reestruturação da borracha no MS

Sérgio Logen e Mauricio Saito querem a ampliação dos negócios desde o plantio até a industrialização

12 MAR 2019 • POR Mauro Silva com assessoria • 16h16
Sérgio Logen e Mauricio Saito durante o 1º Encontro da Cadeia da Borracha do estado - Fiems

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems) Sérgio Longen e da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) Mauricio Saito defenderam a elaboração de um projeto de reestruturação de toda a atividade para que seja uma nova opção de agroindústria em Mato Grosso do Sul durante o 1º Encontro da Cadeia da Borracha do estado realizado nesta segunda-feira (11) e terça-feira(12) no Edifício Casa da Indústria.

Conforme Longen, o objetivo é que o projeto contemple todos os elos da produção de borracha, desde o plantio até a industrialização. “Nossa ideia é olhar o início, o meio e o fim de toda a cadeia e, por isso, estamos promovendo essa reunião aqui com os produtores rurais, que fazem parte do início da produção” afirmou.

Ele acrescentou que já existe interesse de uma empresa de beneficiamento de borracha se instalar no Estado.

Na mesma linha, Mauricio Saito reforçou a importância de ampliação do leque de atividades econômicas do Estado. “A partir de levantamentos do Senar, podemos afirmar que Mato Grosso do Sul tem um grande potencial para a heveicultura, que é a cultura de seringueira para produção de borracha natural”, declarou.

Pólo de referência científica

Para o CEO da Bioworldtec, Gilmário Libório, o projeto traz a oportunidade de Mato Grosso do Sul se tornar o primeiro pólo de referência científica de desenvolvimento da cadeia de borracha do Brasil. “Nossa empresa tem o objetivo de criar uma cultura sustentável na produção da borracha e temos uma série de produtos que podem auxiliar no manejo e na produção”, destacou.

Com mais de 40 anos de atuação na área da borracha, o engenheiro químico Eduardo Budemberg, que é diretor de tecnologia da Bioworldtec, apresentou novas tecnologias desenvolvidas pela empresa para melhorar a produtividade das seringueiras, principalmente com relação à estimulação para aumentar a produção de látex.

Repercussão

Presente ao encontro, o presidente da Comissão Permanente da Indústria, Comércio e Turismo da Assembleia Legislativa, deputado estadual Capitão Contar (PSL), colocou-se à disposição para levar o tema para ser discutido no ambiente político.

Grosso do Sul é muito nova, com uma cultura de seringueira que foi iniciada em 2009 e que só agora começou a produzir. A grande expectativa é que a partir de 2022 Mato Grosso do Sul saia da 11ª posição e passe figurar em 5º lugar no ranking de produção de látex do País. Por isso eventos como esse são muito importantes e esse projeto é fundamental para desenvolvermos a atividade no Estado”, reforçou.