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“Nós não acreditamos na adesão”, diz presidente da Fetems sobre PDV

Segundo a Federação todos os sindicatos com filiados nos 79 municípios serão orientados a não se voluntariar

13 MAR 2019 • POR Rayani Santa Cruz • 08h52
Professor Jaime Teixeira, presidente da Fetems - Divulgação

A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS) é contra o Plano de Demissão Voluntário (PDV), proposto pelo Governo do Estado e acredita em baixa adesão dos servidores.

Em entrevista ao JD1 Notícias, o professor Jaime Teixeira, presidente da Fetems, afirmou que o PDV se trata de uma política unilateral e que não somará em praticamente nada para o servidor que aderir. “Nós já tivemos experiência no governo de 1994 a 1998 e de 100 pessoas que aderiram, 99 se arrependeram amargamente depois. Outra coisa, eles querem pagar parcelado”. O presidente explicou ainda que todos os 74 Sindicatos dos Trabalhadores em Educação localizados em municípios de MS, serão orientados a explicar aos filiados sobre os malefícios do projeto e trabalhar contra.

Jaime explicou que o momento não é propício, já que o mercado de trabalho privado atinge milhões e não seria justo um servidor de carreira sair para acabar no prejuízo. 

Representantes de diversos sindicatos estiveram nesta semana, em reunião com o secretário de Administração e Desburocratização Roberto Hashioka, onde foram informados sobre o retorno das 40h e alguns pontos do PDV.

São milhares de servidores administrativos da educação em todo o estado, segundo o presidente. Ele diz também que o salário dessa categoria é de R$ 1.400,00 (concursado), enquanto que o terceirizado é de R$ 2.300,00. “Essa questão de diferença no salário, por exemplo, são coisas do governo que a gente não entende. Nós trabalhávamos nas escolas fazendo às seis horas ininterruptas, entrando às 6h e permanecendo até às 13h, atendendo em horário de almoço e em dois turnos. Para a educação o retorno das 40h não vai alterar muito”.

Para a Fetems, a economia de R$ 20 milhões citada pelo Governo do Estado, é irrisória comparado ao que teria se tratasse melhor questões como a Lei Kandir, isenções fiscais e incentivos às empresas.

O texto precisa passar ainda pelas comissões da Assembleia e depois ser votado duas vezes no plenário. Caso seja aprovado, segue para sanção do governo estadual.

Greve Geral

Organizada para acontecer no dia 22 de março pelas nove Centrais Sindicais do país, a greve geral, abrange filiados de todo Mato Grosso do Sul, que sairão às ruas contra a Reforma da Previdência.

Conforme o presidente da Fetems, os Sindicatos de MS, já orientam a população sobre os danos e prejuízos ao trabalhador, caso seja aprovada. 

Não haverá aula nas escolas municipais e estaduais. E trabalhadores devem se concentrar na Praça do Rádio Clube, centro de Campo Grande, para participar do chamado "Dia Nacional de Luta e Mobilização em Defesa da Previdência".