Brasil

Marun diz que liminar que o “afasta” do conselho de Itaipu é ilegal

Desembargador sustenta que o ex-ministro não pode ocupar cargo no conselho

25 MAR 2019 • POR Da redação • 19h19
“Talvez não conheca profundamente a essência do que é Itaipu”, disse Marun sobre o desembargador - Reprodução

Logo após saber da decisão do desembargador Rogério Favreto, de que não poderia permanecer no conselho da Itaipu Binacional, o ex-ministro Carlos Marun, afirmou que a liminar é ilegal e vai recorrer.

Nesta tarde, o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu que Marun não pode continuar no conselho por ter ocupado cargo no Governo Federal. “O desembargador já errou na decisão quando tentou soltar o ex-presidente Lula, condenado em segunda instancia, errou de novo”, disse.

Para Marun, o magistrado “talvez não conheça profundamente a essência do que é Itaipu”. “Itaipu é uma unidade binacional, ela não é regida nem pela lei brasileira, nem pela lei paraguaia e sim por regras próprias, estabelecidas há mais de 40 anos no tratado de Itaipu”, lembrou.

Maun destacou também que, para ocupar o cargo no conselho, ele deixou de ser ministro, deputado e renunciou a todas as funções diretivas que tinha no Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido no qual é filiado. “Claro que isso constrange, principalmente porque vem de quem deveria ter a necessária seriedade, isenção e conhecimento, para tomar uma decisão como essa”, disparou.