Brasil

Zoológico e Jardim Botânico de São Paulo serão privatizados

Doria estima que concessões tragam R$ 60 milhões para o estado

7 ABR 2019 • POR Da redação com informações da Agência Brasil • 14h22
A previsão é que os serviços melhorem e o governo economize - Reprodução

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou no sábado (6) que concederá à iniciativa privada o zoológico e o Jardim Botânico de São Paulo. O projeto ainda está em fase de elaboração, com consultas às empresas que atuam no setor para formatação da proposta. No entanto, a estimativa do governo é que as licitações tragam ao menos R$ 60 milhões de investimentos aos equipamentos públicos.

Além da melhoria dos serviços, Doria afirmou que a licitação fará com que o governo deixe de gastar com a manutenção do Jardim Botânico. O espaço, que fica na região do Jabaquara, zona sul paulistana, necessita de cerca de R$ 4 milhões ao ano para conservação da estrutura que existe desde 1928. O local recebe cerca de 270 mil visitantes por ano e ocupa 20%, ou seja 100 hectares dos 500 hectares do Parque Estadual Fontes do Ipiranga.

O Jardim Zoológico, informou o governo do estado, tem receitas que superam os custos e recebe cerca de 1,3 milhão pessoas por ano. Aberto em 1958, o local abriga 2,1 mil animais em 40 mil metros quadrados. “A ideia é que a gente tenha equipamentos que deixem de consumir recursos públicos e em paralelo, uma melhora da infraestrutura com atratividade de um maior número de usuários”, ressaltou o vice-governador, Rodrigo Garcia.

Ainda não está definido qual será o modelo da concorrência. No entanto, segundo Garcia provavelmente será usado o sistema de outorga, quando a licitação é ganha pelo grupo que oferecer maior valor para adquirir o direito à concessão. “Lembrando que o objetivo do estado não é fazer arrecadação financeira com o zoológico, é ter maior infraestrutura, melhor atendimento à população com menor tarifa possível”, ponderou.

O cronograma apresentado hoje prevê que o edital seja publicado em fevereiro de 2020, após passar por consulta pública em novembro deste ano. A concessão deverá valer por 35 anos.