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Vale vai retomar atividades na Mina de Brucutu

As atividades da mineradora no local foram barradas logo após a tragédia de Brumadinho

17 ABR 2019 • POR Joilson Francelino, com informações da Agência Brasil • 14h16
Em 2006, quando foi inaugurada, a Mina de Brucutu foi considerada a maior do mundo - Reprodução

Uma decisão judicial permitirá que a Vale retome a produção integral de sua maior mina em Minas Gerais. Trata-se da Mina de Brucutu, que estava paralisada desde o início de fevereiro. Em nota divulgada na noite de terça-feira (16), a mineradora estimou que as atividades serão reiniciadas em 72 horas.

Localizada em São Gonçalo do Rio Abaixo-MG, a Mina de Brucutu abriga a barragem Laranjeiras. Após a tragédia de Brumadinho-MG, ela foi listada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) em uma ação judicial que pede garantias de segurança em diversas estruturas. A paralisação ocorreu em liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). No dia 19 de março, porém, uma nova decisão assinada pelo juiz Michel Curi liberou a estrutura.

Três dias depois, em 22 de março, atividades em determinadas estruturas situadas em São Gonçalo do Rio Abaixo foram suspensas no âmbito de uma outra ação judicial. Tal decisão, assinada pela juíza Renata Nascimento Borges, tornou inviável a retomada das operações na Mina de Brucutu.

Na terça, a Vale anunciou que o presidente do TJ-MG, desembargador Nelson Missias de Morais, derrubou parcialmente as determinações da magistrada. "A referida decisão possibilitará o retorno integral das operações na mina de Brucutu em até 72 horas, o que equivale a um volume de produção anualizado de 30 milhões de toneladas de minério de ferro".

Inaugurada em 2006, a Mina de Brucutu foi anunciada na época como sendo a maior do mundo em capacidade inicial de produção. Em 2016, a Vale noticiou em seu site que ela ocupava a segunda posição do país em produção, sendo superada apenas pela Mina de Carajás, localizada no estado do Pará. A implantação do empreendimento mineiro custou US$ 1,1 bilhão e chegou a ter 6 mil trabalhadores durante o pico das obras.