Educação

Compra de kit escolar atrasa devido à disputa entre empresas

O governo anulou a licitação depois de impasses entre fornecedores que concorriam ao pregão e sete meses de atraso

23 ABR 2019 • POR Rayani Santa Cruz, com informações da assessoria • 11h50
Kit escolar entregue em 2015 pelo Governo do Estado - Divulgação

Os materiais da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul, devem demorar mais para chegar às mãos dos estudantes. O motivo, seria a disputa entre empresas  pelo fornecimento dos materiais, que dura sete meses.  Sem perspectiva para o fim do conflito, a Superintendência de Gestão de Compras e Materiais anulou o pregão. A decisão foi publicada nesta terça-feira (23) no Diário Oficial do Estado.

De acordo com o governo, a decisão atende um pedido da Secretaria de Estado de Educação, que entendeu que a demora está prejudicando os estudantes.

Cinco empresas participaram da licitação, mas os protagonistas da disputa foram a Brink Mobil Equipamentos Educacionais e a Guardian Comercial e Serviços Eireli. Atendendo pedido de ambas, o Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS) chegou a suspender o processo licitatório por duas vezes.

Ao longo de todo o processo, foram feitas oito impugnações e a Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização (SAD) precisou fazer adequações ao edital para não anular o pregão. Não adiantou. Os recursos continuaram e hoje um Mandado de Segurança está em trâmite no Tribunal de Justiça (TJ).

A licitação é a maneira que a administração pública usa normalmente para aquisição de produtos ou serviços e garantir a melhor compra. O procedimento para a aquisição dos kits escolares ocorreu na modalidade pregão eletrônico do tipo menor preço global.

O processo de compra dos materiais teve início ainda em agosto de 2018. O certame visava a compra de cadernos, lápis preto e lápis de cor, borrachas, apontadores, réguas, colas, giz de cera, canetas, transferidores, esquadros e tesouras sem ponta para atender os 230 mil alunos das 366 escolas estaduais de MS.

Ainda de acordo com o governo, se não houvesse tantas intercorrências, a compra teria sido finalizada em cerca de 60 ou 90 dias e os materiais escolares seriam entregues no início do ano letivo como ocorreu em anos anteriores.

O despacho pode ser conferido na página 74 do Diário Oficial do Estado.