Economia

Greve na Espanha provoca incidentes; Portugal e Grécia têm paralisação

14 NOV 2012 • POR Andres Kudacki/AP • 10h32
Na Espanha, houve confronto. Protestos foram mais violentos.

Uma greve geral provocou pequenos incidentes violentos na Espanha no início de um dia que é marcado por paralisações também na Grécia e em Portugal. Autoridades do governo espanhol afirmaram que 32 pessoas foram presas desde a meia-noite, no horário local, e a rede de televisão nacional mostrou imagens de pequenos conflitos entre manifestantes e policiais e protestos de membros dos sindicatos em centros de transporte, como estações de trem e metrô.

Serviços como transporte, aeroportos e bancos são afetados pela greve geral. Diversos voos foram cancelados durante a manhã. As indústria de construção, energia e automobilística também estão paradas na Espanha.

Os sindicatos espanhóis convocaram a greve geral desta quarta-feira para protestar contra os cortes gerados pelas medidas de austeridade e a taxa de desemprego de mais de 25%, mas ainda há dúvidas sobre a influência sobre os planos do governo. A greve foi convocada pelos dois maiores sindicatos da Espanha, mas o principal sindicato do serviço civil público não aderiu.

Em Portugal, uma greve contra a nova rodada de medidas de austeridade paralisou os transportes públicos e reduziu as equipes de trabalho dos hospitais de todo o país. Estações de metrô de Lisboa foram fechadas e os ônibus circularam de forma limitada. Também houve cancelamentos de voos no principal aeroporto da capital portuguesa e serviços de ferry boat no rio Tejo foram afetados.

"As pessoas estão dando um basta na austeridade e na pobreza", afirmou Armênio Carlos, diretor da CGTP, a maior confederação sindical de Portugal, com mais de 600 mil membros. Mas a greve no país também não é unânime, já que a segunda maior confederação sindical portuguesa, que representa mais de 500 mil trabalhadores, não quis apoiá-la.

Uma greve geral também pretende paralisar a Grécia. Os dois maiores sindicatos do país - o GSEE, do setor privado, e o Adedy, do setor público - suspenderão os trabalhos por três horas a partir do meio-dia (8h de Brasília). Isso deve resultar no fechamento de escritórios de governo, tribunais, escolas e bancos, bem como na interrupção dos transportes públicos em Atenas. Também está prevista a suspensão dos serviços dos jornalistas gregos. As informações são da Dow Jones.

Via Estadão