Educação

Estudantes ocupam UFMS e denunciam corte de água e energia elétrica

O grupo com cerca de 150 pessoas é contra o corte na eduação e pretende ficar no local até 15 de maio, quando uma greve geral ocorre no país

14 MAI 2019 • POR Rayani Santa Cruz • 08h30
Estudantes decidiram pela ocupação em assembleia geral - Reprodução/ Facebook

A tarde de segunda-feira (13) foi marcada pela ocupação de estudantes em blocos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Aproximadamente 150 alunos, dos cursos de filosofia, psicologia, biologia, nutrição e enfermagem decidiram em assembleia, pela ocupação do campus até o dia 15 de maio, data que ocorre a Greve Nacional da Educação em todo o país.

Os alunos se organizaram, após o anúncio de corte de verba feito pelo Ministério da Educação, que reduz 30% do orçamento da universidade.

A mobilização é uma ação do movimento estudantil. O bloco 6 da UFMS, teve as entradas interditadas por cadeiras e os alunos repassaram indicações de organização via redes sociais. Questões sobre como colaborar ou chamar a atenção da sociedade foram disseminadas. Em mensagens nas redes sociais, os colaboradores apontavam que os estudantes que não puderem ocupar podem auxiliar o movimento levando alimento aos colegas, ou ficando no local por um determinado período.

Na manhã desta terça-feira (14), a página do Centro Acadêmico de Ciências Sociais (Caciso), no Facebook, divulgou que houve o corte de energia elétrica, água e internet do bloco. O administrador da página atribuiu o fato como uma “retaliação” da direção da universidade.

“Salientamos que a ocupação, tem como objetivo principal garantir o direito à educação, lutando contra o desmonte das universidades públicas. Isso posto, fica claro que posicionamento de suspensão de fornecimento de serviços essenciais, como água e energia, é no mínimo contraditório aos valores que a própria instituição tem defendido nestes anos: Educação Pública, Gratuita e de Qualidade”, diz o texto.

A Caciso ainda comentou que o Movimento Estudantil no Brasil tem uma história de defesas importantes, passando desde a abolição da escravatura à luta contra o regime ditatorial, no Mato Grosso do Sul.

Os estudantes atribuem a ocupação no sentido de defender a UFMS, com um ato político que pretende se unir à luta nacional de todos os estudantes, professores e trabalhadores, que se organizam para a paralisação na quarta-feira (15).