Justiça

Acusados de matar policiais, índios de Dourados são julgados em São Paulo

Os cinco índios da etnia Guarani Kaiowá são suspeitos, também, de tentativa de homicídio

4 JUN 2019 • POR Joilson Francelino • 16h16
O julgamento ocorre no TRF-3 após pedido de desaforamento, feito pela Funai - reprodução

Os indígenas Carlito de Oliveira, Paulino Lopes, Jair Aquino Fernandes, Ezequiel Valensuela e Lindomar Brites de Oliveira, são julgados nesta terça-feira (4) pelo assassinato dos policiais Ronilson Magalhães Bartie, Rodrigo Lorenzatto e a tentativa de homicídio a Emerson Gadani, em 2006 na cidade de Dourados.

O ataque que aconteceu no mês de abril ficou conhecido como “Chacina de Porto Cambira”. Os índios atacaram, golpearam e assassinaram os policiais civis e tentaram matar outro, na estrada MS 156, que liga a cidade de Dourados ao distrito de Porto Cambira.

O julgamento acontece 13 anos depois do crime, na Seção Judiciária de São Paulo, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3). O pedido de desaforamento do julgamento da ação, que tramitava na 1ª Vara Federal de Dourados, foi feito pela Procuradoria Federal da Fundação Nacional do Índio (Funai), por existirem dúvidas acerca da imparcialidade do júri na Seção Judiciária de Dourados.

Ao JD1 Notícias, a assessoria do TRF-3 informou que o julgamento começou nesta manhã e está previsto para durar quatro dias. Sete pessoas compõem o júri, sendo seis mulheres e um homem. Nos dois primeiros dias serão ouvidas as testemunhas.