Política

Renato Câmara faz alerta sobre violência contra idosos

Em 15 anos, MS será considerado um Estado idoso, diz deputado

12 JUN 2019 • POR Rauster Campitelli, com informações da assessoria • 13h58
"O idoso muitas vezes fica esquecido, num canto da casa", frisa Renato Câmara

O deputado Renato Câmara (MDB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (12), para destacar que o Brasil está na 103º posição entre os países mais violentos do mundo, mais violento, inclusive, que países como o Haiti. Renato Câmara ressaltou que 23% de toda violência é praticada contra idosos.

O deputado, que é coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, repercutiu o evento de ontem, com o lançamento da Campanha Junho Prata, e alertou que, em 15 anos, o estado de Mato Grosso do Sul será considerado idoso, sendo que a maior parte da população será formada por idosos. O deputado afirmou que é necessário protegê-los de todo tipo de violência, incluindo a solidão e o desamparo, o abandono da família e da sociedade.

“O idoso, muitas vezes, fica esquecido num canto da casa. Dados apontam que 52% da violência praticada contra idosos vêm de parentes de primeiro grau. Ele fica constrangido em denunciar. O debate é complexo e precisa ser ampliado”, frisa o deputado.

Já o líder do Governo do Estado, deputado Barbosinha (DEM), avaliou que “no momento que estamos vivendo, na pressa, correria, a geração atual não se prepara para cuidar do idoso. E esse cuidado passa a ser uma exceção, não uma regra”.

O deputado estadual Evander Vendramini (PP) comentou que é necessário combater os golpes aplicados aos idosos, devido à vulnerabilidade dos mesmos. Ele citou o projeto de lei que criou, proibindo as instituições financeiras de ofertarem ou celebrarem qualquer tipo de contrato de operação de crédito com aposentados e pensionistas por meio de comunicação telefônica.

Para o deputado Professor Rinaldo, o Brasil é o país da discriminação. “Tratam os idosos como um material descartável, apesar do que está dentro do Estatuto. Precisamos lutar contra isso”, finalizou.