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“Objetivo é demonstrar nossa contrariedade à reforma da previdência”, diz Sinpol

Polícia Civil paralisou as atividades em todo o Estado desde as 8h desta terça-feira

25 JUN 2019 • POR Rauster Campitelli • 15h30
Em ato no final de maio, policiais manifestaram indignação quanto à falta de reajuste - Assessoria/Divulgação

A Polícia Civil paralisou as atividades em todo o Estado de Mato Grosso do Sul desde as 8h desta terça-feira (25), conforme deliberação da Cobrapol (Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis). O ato acontece em defesa da aposentadoria policial e da dignidade dos servidores públicos da segurança pública. Na capital, a manifestação é realizada em frente à Depac Centro.

Segundo o presidente do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Giancarlo Miranda, a paralisação teve adesão de 100% da categoria, que trabalha somente com o efetivo mínimo necessário para atendimento a crimes graves e flagrantes.“O principal objetivo é demonstrar nossa contrariedade à reforma da previdência. Os policiais civis do Brasil inteiro fizeram hoje um dia de protesto. Em mato Grosso do Sul nós deliberamos essa paralisação e todas as delegacias aderiram”.

Conforme Giancarlo, a polícia busca conscientizar a população de que a reforma da previdência pode ser necessária, no entanto, deve haver ajustes, principalmente no que diz respeito à questão dos empregadores da segurança pública.

“Nosso trabalho é de risco constante. Quem morre combatendo o crime somos nós policiais, então devemos ter pelo menos algumas situações a serem ponderadas, tal como a pensionista, que deve ter o seu direito resguardado, e o direito [dos policiais] a uma aposentadoria digna. Não esperamos nem queremos privilégios, mas apenas que o nosso trabalho seja respeitado e tenha também uma similaridade com as demais forças militares”, explica.

Também haverá um ato em Brasília no dia 2 de julho. “Caravanas do Brasil inteiro estarão lá fazendo um protesto para que, dentro da Câmara Federal, a gente consiga reverter essa situação desfavorável aos policiais. Esperamos que até lá a gente tenha um aceno positivo, seja do governo, seja da Câmara”.