Brasil

Paulo Henrique Amorim é velado no Rio de Janeiro

Velório começou nesta manhã na Associação Brasileira de Imprensa

11 JUL 2019 • POR Joilson Francelino, com informações da Agência Brasil • 14h51
O jornalista morreu na quarta-feira, vítima de infarto - reprodução

O corpo do jornalista Paulo Henrique Amorim foi velado entre a manhã e a tarde desta quinta-feira (11) na sede da Associação Brasileira de Imprensa, no centro do Rio de Janeiro. Familiares, amigos e admiradores prestaram homenagens ao jornalista que trabalhava desde 2003 na TV Record e morreu na quarta-feira (10), aos 77 anos, vítima de um infarto. 

O sepultamento está marcado para as 17h, no Cemitério da Penitência, na zona portuária do Rio de Janeiro. 

Irmã de Paulo Henrique Amorim, a professora universitária Marília Amorim lembra que o irmão mais velho tinha uma forma de cuidado que sempre se preocupava em contribuir com sua formação profissional e intelectual. 

"Ele sempre me protegeu num sentido muito diferente. Era uma proteção que não me dava refresco. Era uma proteção para me colocar indo à luta", lembra Marília, que afirma que, por sua coragem, Paulo Henrique é uma "perda imensa" para o jornalismo brasileiro. "Era uma pessoa muito dedicada ao jornalismo".

O presidente recém eleito da ABI, Paulo Jerônimo, contou que ofereceu a sede da associação à família pela importância que o jornalista teve ao longo de sua trajetória. "Foi um brilhante jornalista, respeitado por toda a classe. Estamos orgulhosos de prestar essa homenagem", disse Paulo Jerônimo, que também chegou a conviver com Paulo Henrique Amorim. "Ele era um cara muito engraçado, com tiradas impressionantes".

O cineasta Luiz Carlos Barreto contou que ainda no início de sua vida profissional, como repórter da Revista Cruzeiro, fez uma amizade com Paulo Henrique Amorim que durou até sua morte. Barretão, como também é conhecido, elogiou a firmeza do amigo em suas convicções e na defesa da democracia.

"Às vezes, nessa sua fé no jornalismo livre e independente, cometia alguns excessos, mas isso faz parte da paixão. E ele era um apaixonado pela democracia verdadeira", disse o cineasta. "Era, sobretudo, um espírito livre, e como tal, sempre muito polêmico".