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Menino acha fóssil gigante de 8 milhões de anos

Robson de 11 anos pescava com o pai quando encontrou o que se trata da mandíbula de um réptil histórico

18 JUL 2019 • POR Sarah Chaves, com informações do G1 • 10h51
Purussauro é o nome dado aos crocodyliformes extintos do gênero Purussaurus. Eram semelhantes ao jacaré de hoje, mas com maiores dimensões - Arquivo pessoal/Raylanderson Frota

Fóssil de Purussauro foi encontrado pelo pequeno Robson Cavalcante, 11 ano, nas margens do Rio Acre em Brasiléia na quinta-feira (11), um paleontólogo da Universidade Federal do Acre (Ufac) está no local, desde terça-feira (16), para fazer a remoção da ossada.

Robson, ficou surpreso ao encontrar um fóssil de um réptil pré-histórico, no interior do Acre. Ao G1, ele contou que achou que se tratava de um dinossauro. “Estava pescando com meu pai, aí pisei em alguma coisa diferente e chamei ele. Meu pai escavou um pouco e eu achei que era um dinossauro”, disse o menino.

O pai da criança, o carpinteiro José Militão, de 58 anos, lembra que no dia seguinte voltou ao local para escavar mais ainda e ficou impressionado. “Usei enxada e picareta e fui descobrindo que era um fóssil. Fiz com bastante cuidado para não danificar”, disse o carpinteiro.

Logo o assunto se espalhou pela cidade de Brasileia e o paleontólogo Jonas Filho ficou sabendo e foi para o local fazer o trabalho cauteloso de extração do osso sem quebrar.

Réptil de mais de 8 milhões de anos

Conforme o pesquisador, o fragmento encontrado é uma mandíbula que compõem o crânio de um Purussauro – um réptil pré-histórico – que viveu há mais de 8 milhões de anos nos rios e pântanos da floresta amazônica e que tinha mais de 12 metros de comprimento.

“É uma mandíbula completa, no caso, pode até se considerar um material inédito, porque às vezes você encontra, mas separada. Parece que além da mandíbula, tem um crânio que está sendo exposto. Então, isso tem relevância científica e museológica também, é um patrimônio público”, afirmou o paleontólogo.

Sobre uma criança ter encontrado o fóssil, o paleontólogo disse que o menino tem um olhar clínico e merece nota máxima na disciplina de ciências na escola.

“Quantas pessoas passaram aqui e praticamente tropeçaram e não enxergaram, porque não tinha noção. Isso é noção de quem tem a informação. Ele viu isso como um dinossauro, então ele sabia que era de um bicho que não era de hoje. Pode não ser um dinossauro, mas ele estava certo em sua percepção inicial. A professora deve dar dez para esse menino em ciência, ele merece”, disse.