Economia

Para cumprir meta, governo adotará “arrocho” de R$ 1 bilhão

A equipe econômica não confirmou quais ministérios serão submetidos ao congelamento

22 JUL 2019 • POR Mauro Silva, com informações do UOL • 18h17
Para economizar Jair Bolsonaro disse que é capaz até de "pedalar" e entrar na lei de responsabilidade fiscal - Agência Brasil

Para cumprir meta fiscal o ministério da Economia anunciou nesta segunda-feira (22) corte R$ 1,44 bilhão do Orçamento. O déficit nas contas públicas é estimado em R$ 139 bilhões, os dados sobre o corte não detalha quais ministérios serão sacrificados.  

De acordo com o governo, o congelamento nos gastos deveria ser de R$ 2,3 bilhões, valor próximo ao anunciado por Jair Bolsonaro no último sábado (20). Mas o valor reduzido de corte acontece, pois a equipe econômica usou R$ 809 milhões das reservas orçamentárias, uma espécie de economia realizada pelo governo para não ter um congelamento maior.

Para Bolsonaro o corte é uma “merreca”, termo usado por ele no sábado. “Queremos evitar que o governo pare, dado que o nosso orçamento é completamente comprometido. Deve  ter um novo corte agora. O que deve acontecer é um novo corte de R$ 2,5 bilhões. Concorda que é uma ‘merreca’ perto de um orçamento trilhionário nosso? É pouca coisa”, afirmou.

O secretário da Fazenda não deu detalhe de qual ministério deverá se submeter ao congelamento. Ele afirmou que a informação será divulgada por meio de um decreto presidencial na semana que vem.

Mas o presidente da República, no último sábado, disse que o arrocho pode ser em apenas um ministério.  “O que estamos decidindo com a equipe econômica é se, em vez de cortar de sete a oito ministérios, cortamos de um só. Se não fizer isso eu pedalo, entro na lei de responsabilidade fiscal. O impeachement contra mim”, desafia o presidente.