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Tirone pede paz no Palmeiras e nega chegada de reforços neste ano

23 DEZ 2012 • POR Reprodução • 07h47
Falta um mês para o fim da gestão de Tirone.

Pressionado e muito criticado nos últimos tempos, o presidente Arnaldo Tirone tenta levantar a bandeira branca e pede paz no Palmeiras. Faltando um mês para o fim de sua gestão - a eleição para presidente será dia 21 de janeiro - , o dirigente pede união no clube e nega a chegada de reforços neste ano.

"Temos de pensar no bem do Palmeiras. Nesse momento, gostaria que meus vices que se licenciaram (Walter Munhoz e Edvaldo Frasson) voltassem para me ajudar e queria que todos no clube se unissem para nos ajudar, independente da posição política. Dirigir um clube do tamanho do Palmeiras é complicado. Tirando o acidente de cair para a Série B, acho que fizemos um bom trabalho", analisou.

Sobre reforços, o pessimismo é total. "Estão oferecendo jogadores, colocam a bala na nossa boca, mas aí quando você vai ver, a bala é uma pimenta. Oferecem o jogador, mas com valores muito elevados. Não está fácil contratar", resumiu o dirigente, que fica no comando do clube até a eleição, dia 21 de janeiro. "Vou trabalhar como se não fosse deixar o clube. Tenho de ser responsável e preciso acertar 99% das coisas que farei."

Um dos sonhos de consumo da torcida, Riquelme não está tão perto quanto parece. "Ele mostrou vontade em jogar com a gente, mas não posso inchar ainda mais o passivo do clube. Precisamos de parceiros e montar ações de marketing para essas ocasiões", disse o presidente, que emendou. "Não estou descartando, mas é difícil porque são valores muito altos."

O volante Rodrigo Souto, que admitiu negociações avançadas com o Palmeiras, não parece tão prestigiado assim. "Não tem nada certo, conversamos com ele, mas sua contratação não é prioritária", avisou o dirigente. "O problema é que nessa época, os jogadores não querem muita conversa, então fica difícil tentar alguma contratação."

E para acabar com as especulações, ele avisou que dificilmente o clube anuncia algum jogador nesta temporada. "Está difícil. Estamos trabalhando bastante, mas já estamos entrando na época das festas e acredito que fique só para o ano que vem mesmo."

Tirone garantiu ainda que não se sente intimidado pelo fato do Conselho de Orientação Fiscal determinar que tudo que ele for fazer no clube, tenha de contar com o aval deles. "Trabalhei no COF por 14 anos e sei como funciona. Não vejo problema algum nisso. Temos todos de pensar no Palmeiras."

Sem esconder o cansaço, ele admite que hoje não pensa em reeleição. "Temos até o dia 7 de janeiro para registrar a chapa. Quero o bem do Palmeiras e hoje não estou decidido e colocando a candidatura para o próximo pleito. Embora tenha muito apoio para fazer isso, não me sinto a vontade e nem motivado no momento."

Via Estadão