Agronegócio

Safra de milho em MS deve superar previsões iniciais de recorde

Colheita estimada em 10 mi de toneladas pode ser ainda maior, segundo o SIGA/MS

19 AGO 2019 • POR Rauster Campitelli, com informações da assessoria • 16h14
Elevação do volume colhido de milho está relacionada ao ajuste na área plantada - Reprodução

A safra recorde de milho deste ano pode ser ainda maior que a divulgada nas previsões iniciais, quando deveria superar 10 milhões de toneladas. Conforme os dados divulgados pelo Projeto SIGA/MS, a média de sacas por hectare é de 88, o que deve resultar em uma colheita de 11.475 milhões de toneladas de milho - volume 46,4% maior do que o colhido na safra passada com a mesma cultura: 7,838 milhões de toneladas.

A elevação do volume colhido de milho está relacionada ao ajuste na área plantada. Até a semana passada, a soma das lavouras totalizava 1.918 milhões de hectares. Com a inclusão de novas lavouras – que somam 255 mil hectares – a área total do milho em Mato Grosso do Sul chega a 2.173 milhões de hectares nesta safra. “Foi realizado mapeamento de uso e ocupação do solo por meio de sensoriamento remoto a partir de imagens”, diz o boletim do SIGA/MS.

A Região Norte está com quase toda a safra colhida (97%). Na Região Centro, a colheita já chega a 79,7% e na Região Sul, a 75,9%. O ritmo da colheita está mais adiantado em 2019 em comparação aos anos anteriores. Na safra passada, nessa época do ano, pouco mais da metade das lavouras já estava colhida. O tempo bom é apontado como fator preponderante tanto para antecipação do plantio (até 15 de março 90% das lavouras já estavam plantadas) quanto para o ritmo da colheita, uma vez que não chove em quase todo o Estado há 45 dias.

O SIGA/MS é o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio criado pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) e mantido em parceria com a Aprosoja/MS. Há cinco anos, o Sistema monitora lavouras com informações precisas, atualizadas e regionais colhidas por técnicos que visitam os produtores rurais. Os dados são transformados em boletins semanais que ajudam o agricultor na tomada de decisões sobre a melhor área, hora de plantio e colheita.