Tecnologia

Mark Zuckerberg prevê maior proteção a usuários do Facebook

Com a nova ferramenta os usuários terão o controle das contas vinculadas na mídia

21 AGO 2019 • POR Sarah Chaves, com informações do Notícias Digital MS • 09h55
As novas funções de confidencialidade foram lançadas em formato de teste na Irlanda, Espanha e Coreia do Sul - Reprodução

O aplicativo do facebook apresentou uma ferramenta que possibilita aos  usuários decidir se querem suas contas pessoais ligadas as redes sociais. Publicação foi feita na terça-feira (20), e permitem que a pessoa 
controle os dados obtidos pela rede. 

Com a nova ferramenta apresentada, o grupo explicou que deseja “devolver o controle” de seus dados aos usuários da rede. O grupo americano obtém esses dados em vários lados, como sites de comércio eletrônico, aplicativos, ou mesmo jornais on-line, por meio de ferramentas que o Facebook oferece a outras empresas para publicidade, contagem de tráfego, ou pesquisa de produtos.

“Em geral, usamos esses dados para propor publicidade relacionada aos dispositivos, ou às informações que foram pesquisadas na Internet. Mas sabemos que é importante fornecer mais transparência e controle aos nossos usuários sobre esse tipo de dado”, explicou StephanieMax, responsável pelos produtos do Facebook, em uma coletiva de imprensa on-line. 

Essas informações são vendidas para empresas, representando uma vultosa fonte de renda para a rede social.

As novas funções de confidencialidade foram lançadas em formato de teste na Irlanda, Espanha e Coreia do Sul, antes de serem disseminadas mundialmente “nos próximos meses”. 
 

Dados anônimos 

O Facebook não considera dispensar completamente esses dados preciosos. 
Se o usuário decidir, “vamos desvincular os dados, mas continuaremos a recebê-los, embora de forma anônima. 

No final de julho, a rede social foi condenada a pagar uma multa recorde de 5 bilhões de dólares pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês), que garante a proteção dos consumidores, por não ter protegido os dados pessoais de seus usuários. 

Embora tenha se oposto por muito tempo à regulamentação da Internet, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, mudou de ideia no final de março. Pediu aos Estados que implementem uma regulamentação real e deu como exemplo o Regulamento Europeu Geral de Proteção de Dados (GDPR), que entrou em vigor em março de 2018.