Política

Sem votos suficiente, Assembleia mantém veto a projeto que beneficia surdos

Projeto proposto por deputado Evander Vendramini foi vetado pelo governo

5 SET 2019 • POR Sarah Chaves • 15h16
A proposta do deputado, Evander Vendramini, foi vetada pelo governo e não teve votos de derrubada suficientes na Assembleia - Luciana Nassar

O veto total do governador Reinaldo Azambuja ao Projeto de Lei, que prevê obrigatoriedade de um profissional tradutor e intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras), em estabelecimentos privados, não teve voto suficiente para ser derrubado na sessão desta quinta-feira (5), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso  do Sul.

A proposta do deputado Evander Vendramini, tornaria obrigatório que os shoppings e bancos disponibilizassem um tradutor de libras, para pessoas com dificuldades de comunicação, serviço que não teria custo para o governo, pois faria parte da iniciativa privada.

Segundo Evander, estava exposto no projeto que o estabelecimento não precisaria necessariamente contratar o profissional. “Poderiam treinar alguém da própria equipe para fazer o atendimento em especial”, afirmou
O projeto de Lei já havia sido aprovado pela Assembleia, e tinha o parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), porém foi vetado pelo governo e voltou para os deputados decidirem se derrubavam ou não o veto.

“Durante a sessão apenas 15 deputados estavam na casa”, disse o Evander que contava com 13 votos favoráveis à derrubada do veto. Porém, segundo o autor da proposta, o deputado Marçal Filho saiu da sessão para não votar, enquanto os deputados Zé Teixeira e Rinaldo Modesto, votaram a favor da decisão do governador de barrar o projeto.

O deputado lamentou o veto. ‘Isso é lamentável por que quem perde são essas pessoas de necessidades especiais, que necessitam desse atendimento”, afirmou Evander garantindo que apresentará o projeto novamente no próximo ano.