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Caiman tem apoio do Estado para combater queimadas

Mais de 60% da vegetação da fazenda foi destruída pelo fogo

16 SET 2019 • POR Sarah Chaves, com informações da assessoria • 16h30
Além dos 30 brigadistas da PrevFogo, o combate conta com ajuda de soldados do Exército, civis e voluntários - Reprodução/Assessoria

O incêndio na Estância Caiman, no Pantanal de Miranda deixou destruido mais de 60% da vegetação nativa da fazenda. O fogo tomou conta da região desde o dia 10 e está sendo combatido por cerca de 70 pessoas.

Equipes do PrevFogo, do Ibama, militares e civis sob o comando do Corpo de Bombeiros do estado estão trabalhando durante todo o dia para combater as chamas que já consumiram mais de 40 mil hectares da fazenda, que tem atividades de pecuária e de ecoturismo, sendo uma das referências na área ambiental.

A operação conta com dois aviões, um para sobrevoar a área e definir por GPS os pontos de focos, e outro, um agrícola, com bolsa para 2.600 litros de água.

Dificuldades de combate

A situação local ainda é crítica, depois de cinco dias de combate à queimada. No sábado (12), concluiu-se pelo controle do fogo, mas no final do dia outros focos apareceram. O coordenador da equipe formada por bombeiros, policiais ambientais, soldados do Exército e civis (funcionários da fazenda e voluntários), tenente bombeiro Carlos Antônio Saldanha Costa, explicou que existe uma carga de combustível muito grande no ambiente por conta da estiagem.

"O fogo veio de uma fazenda vizinha, atravessou o canal de 100 metros do Rio Aquidauana e atingiu rapidamente uma área de reserva da Caiman, devido ao forte vento”, informou o oficial.

A queimada se alastrou por uma linha reta de 35 km, do Rio Aquidauana a sede da fazenda, onde foi montada a operação. Grande parte da reserva legal foi consumida pelas chamas, que atingiu também a borda de uma unidade de 5 mil hectares de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).Onde o Prevfogo atua com 30 brigadistas.

Apoio governamental

Pesquisadores dos programas de conservação e proteção da onça-pintada e da arara-azul, mantidos pela fazenda, monitoram as áreas queimadas para observação dos 146 felinos catalogados e os ninhais. A Caiman também iniciou levantamento da fauna e flora para mensurar o que foi destruído visando reconstruir o ambiente.

O dono da propriedade, que está à frente da força-tarefa, Roberto Klabin destacou o apoio do Governo do Estado, por meio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar Ambiental (PMA), ressaltando que o apoio institucional, onde se inclui o Ibama, foi determinante para assumir o controle os focos. “As consequências ambientais são graves, a área foi muito afetada, mas acredito que tudo se recuperará, voltando o nosso refúgio a ser o lugar bonito e ambientalmente rico que todos estão acostumados a visitar e ver”, observou