Política

"Não vamos nunca nos curvar" diz Reinaldo sobre milícias

Governador também afirmou que ninguém está acima da lei

4 OUT 2019 • POR Vitória Ribeiro • 11h55
"A gente nunca pode deixar o crime superar o estado", de acordo com o governador Reinaldo Azambuja - Paulo Francis

 Em entrevista coletiva em Aquidauana na última quinta-feira (03), durante a instalação do programa “Governo Presente”, o governador Reinaldo Azambuja, comentou com os jornalistas acerca das ameaças feitas por milicianos presos na última semana, depois da descoberta do mando de vários assassinatos.

Sobre essa organização criminosa, pistolagens e milícias, que tem inclusive integrantes das força policiais, Azambuja declarou que "o importante é que ninguém está acima da lei. A lei existe para todos e tem que ser cumprida por todos". 

O chefe do executivo estadual disse que quando policiais são presos, significa que a corregedoria está funcionando. "A corregedoria das nossas polícias têm funcionado bem em excluir essa banda podre, que é a banda que, em vez de trabalhar em defesa do cidadão, trabalha muitas vezes em defesa do crime organizado. E nós não queremos policiais com esse perfil. O policial tem a obrigação de prestar o serviço em defesa do cidadão, e não para em muitas vezes estar trabalhando com milícias. Agora o que precisa ser feito é apurar os fatos, investigar com toda profundidade e quem pune é a Justiça. A polícia tem o dever de investigar e oferecer a denúncia, como foi feito através do Gaeco e pelos órgãos de corregedoria", conforme Reinaldo. 

O governador também ressaltou a importância das parcerias entre os órgãos, Gaeco, Ministério Público e Polícia Civil e Militar. Com relação à ameaças realizadas que supostamente poderiam atingir até o governador, Azambuja disse que "a gente tem que ter toda precaução. Estamos mexendo muitas vezes com pessoas que não tem o menor escrúpulo. E isso serve ao governador e inclusive aos próprios policiais. Mas eu acho que a gente tem que fazer esse enfrentamento. A gente nunca pode deixar o crime superar o estado. O estado é o direito do cidadão, é a livre vontade de ir e vir. Nós não vamos nunca nos curvar".