Economia

Dólar tem 4° queda na cotação de outubro

Disputa comercial entre China e E.U.A diminui possibilidade de acordo e influenciam valor da moeda

8 OUT 2019 • POR Sarah Chaves, com informações da FIEMS • 17h59
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O dólar fechou em queda nesta terça-feira (8) com a variação diária de 0,58%, após passar de R$ 4,1. A moeda norte-americana caiu 0,3%, vendida a R$ 4,091. No mês, o dólar tem queda acumulada de 1,55%, mas no ano há alta de 5,6%.

As negociações entre China e Estados Unidos em relação à guerra comercial devem ser retomadas na quinta-feira (8), mas já no início desta semana as perspectivas de avanço e possibilidade de um acordo diminuíram.
O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investidores.

O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investidores. Isso motivaria uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real. Mas se, ao contrário, o Fed decidir não aumentar os juros agora, recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro, tendem a não migrar para aos Estados Unidos, o que afastaria essa pressão de alta do dólar em relação a outras moedas.

Contrariando a expectativa de alta de 0,1%na passagem de agosto para setembro, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA recuou 0,3%. Logo após a divulgação do indicador, o dólar perdeu força em relação a moedas emergentes e passou a cair com um pouco mais de força em relação ao real, destaca o Valor Online.

No cenário local, investidores seguem atentos ao andamento da reforma da Previdência, em meio a temores de que a articulação política pulverizada, as disputas em torno da cedência onerosa e a lentidão na liberação de emendas parlamentares possam comprometer o calendário original de conclusão da votação no Senado, destaca a Reuters. Na cena doméstica, o Banco Central vendeu nesta terça todos os 10.500 contratos de swap cambial reverso ofertados e ainda US$ 525 milhões em dólar à vista.