Política

PF investiga se houve participação de Collor em lavagem de dinheiro

16 mandados de busca e apreensão serão cumpridos

11 OUT 2019 • POR Vitória Ribeiro, com informações Agência Brasil • 11h52
Segundo assessoria do parlamentar, ele ainda não havia se pronuciado sobre o assunto - Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (11) a Operação Arremate. Um dos alvos da operação é o ex-presidente e atual senador, Fernando Collor de Mello (Pros-AL). Setenta policiais estão participando da operação em Maceió e Curitiba para cumprir 16 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de participação em um suposto esquema de lavagem de dinheiro.

O cumprimento dos mandados de busca e apreensão foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), já que o parlamentar tem foro especial por prerrogativa de função, ou seja, foro privilegiado, só podendo ser investigado com a autorização da Corte.

Procurada, a assessoria do senador informou à Agência Brasil que Collor ainda não havia se pronunciado sobre o assunto. A reportagem não conseguiu contato com o advogado do parlamentar.

Segundo a Polícia Federal (PF), os investigados são suspeitos de adquirir imóveis em leilões de bens públicos realizados nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2016. Ainda de acordo com a PF, os envolvidos recorriam a “laranjas”, pessoas que arrematavam os imóveis com o suposto propósito de ocultar os reais compradores.

A PF apura se a aquisição dos imóveis servia para ocultar e dissimular a utilização de recursos de origem ilícita e ocultar o patrimônio dos principais beneficiários do esquema. Investigadores estimam que, desta forma, os envolvidos movimentaram cerca de R$ 6 milhões (valores ainda não corrigidos).

Se confirmadas as suspeitas, os envolvidos poderão responder pelos crimes de lavagem de ativos, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, falsificação e por participação em organização criminosa.