Justiça

Policial que matou colega por ciúmes tem prisão preventiva decretada

Decisão é do juiz da 1ª vara criminal de Aquidauana

27 OUT 2019 • POR Sarah Chaves, com informações da assessoria • 14h20
Reprodução

O juiz Giuliano Máximo Martins, da Vara Criminal de Aquidauana, decretou a prisão preventiva do soldado Izaque Leon Neves, 33 anos, acusado de matar o policial militar Juarandir Miranda.

Ciúmes da ex mulher seria o motivo do soldado Izaque assassinar com sete tiros o colega de farda Jurandir, na noite de quinta-feira (24), em uma lanchonete localizada na Rua Campo Grande, no Bairro Ovídio Campos, em Aquidauana. 

Conforme o boletim de ocorrência da Polícia Civil, a vítima chegou ao estabelecimento em sua moto e Izaque que era proprietário do estabelecimento e estava sentado em uma cadeira se levantou, sacou uma pistola da carga da Polícia Militar e desferiu 7 tiros contra o cabo.

Jurandir ainda estava em cima da moto quando foi atingido pelos primeiros disparos. 

A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu momentos após dar entrada no hospital local.

A Polícia Civil apreendeu imagens de câmeras de segurança existentes em um comércio em frente a lanchonete de Izaque, que filmaram toda a ação e mostram que um outro policial militar testemunhou o crime, e teria sido ele quem tirou a arma do acusado e ainda o impediu de esganar a vítima. 
Em depoimento prestado na tarde de hoje na 1ª DP de Aquidauana, o policial confirmou os fatos e disse que não viu nenhuma arma com Jurandir no ato do crime.

O corpo do cabo Jurandir foi encaminhado para necrópsia, sendo que após a perícia foi liberado à família. As armas, utilizadas tanto pelo acusado como pela vítima, teriam sido recolhidas pelo comando local da Polícia Militar, que até o momento não as apresentou a Polícia Civil. Por este motivo, a Polícia Civil encaminhou ofício à corporação requisitando as armas para serem periciadas, no intuito de esclarecer se houve ou não troca de tiros.

Atribuição

Em manifestação favorável à decretação da prisão do acusado, o Ministério Público de Aquidauana foi categórico e afirmou ser atribuição da Polícia Civil a apuração do homicídio, já que tanto a vítima quanto o autor estavam de folga no momento do crime.