Brasil

Eduardo pode ser punido por sugerir a volta do AI-5, diz Maia

O filho do presidente fez apologia a um dos mais severos decretos do regime militar

31 OUT 2019 • POR Joilson Francelino, com informações do Uol • 15h51

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, condenou a declaração do deputado Eduardo Bolsonaro que defendeu a volta do AI-5, durante uma entrevista à jornalista Leda Nagle.

Durante a entrevista, Eduardo defendeu a volta do decreto considerado um dos mais duros do regime militar, caso a “esquerda radicalizasse” no Brasil.

Maia considerou a fala “repugnante e passível de punição”. “Uma nação só é forte quando suas instituições são fortes. O Brasil é um Estado democrático de Direito e retornou à normalidade institucional desde março de 1985, quando a ditadura militar foi encerrada com a posse de um governo civil. Eduardo Bolsonaro, que exerce o mandato de deputado federal para o qual foi eleito pelo pode de São Paulo, ao tomar posse jurou respeitar a Constituição de 88. Foi essa Constituição, a mais longeva Carta Magna brasileira, que fez o país reencontrar sua normalidade institucional e democrática”, declarou o presidente da Casa de Leis em nota.

Para Maia, a Carta de 88 abomina, criminaliza e tem instrumentos para punir qualquer grupo ou cidadãos que atentem contra seus princípios e fundamentos. “O Brasil é uma democracia. Manifestações como a do senhor Eduardo Bolsonaro são repugnantes, do ponto de vista democrático, e têm de ser repelidas como toda a indignação possível pelas instituições brasileiras. A apologia reiterada a instrumentos da ditadura é passível de punição pelas ferramentas que detêm as instituições democráticas brasileiras. Ninguém está imune a isso. O Brasil jamais regressará aos anos de chumbo”, finaliza a nota.

Assista a entrevista de Eduardo: