Cultura

Linha de crédito disponibiliza R$ 146 milhões para digitalização de salas de cinema

3 FEV 2013 • POR Divulgação/Portal da Justiça • 07h23
Cerca de 1.400 salas de cinema serão beneficiadas em 18 meses.

A partir do Programa Cinema Mais Perto de Você, o Ministério da Cultura lançou nessa quinta-feira (31) nova linha de crédito voltada à digitalização das salas de cinema. A parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e a Agência Nacional de Cinema (Ancine) vai beneficiar cerca de 1.400 exibidores brasileiros e o financiamento equivale à R$ 146 milhões.

A meta do Ministério da Cultura e da Ancine é digitalizar 1.400 salas num prazo de 18 meses, uma vez que a atual dinâmica do mercado cinematográfico prevê para os próximos dois anos a total transição da exibição de filmes para o modelo digital, em que será extinta a distribuição de cópias físicas em película.

A ministra da Cultura, Marta Suplici, acredita que, com a digitalização das salas de exibição, o cinema do Brasil entra em uma nova era, mais avançada. “Desde que a presidenta Dilma disponibilizou R$ 700 milhões para a Ancine, nós entramos (em uma nova época)”, disse. “Agora, vamos acontecer”. Para o público exibidor especificamente, Marta disse que se trata de um investimento de vulto que permitirá a modernização das salas.

Investimento
De acordo com o BNDES, os recursos da linha de digitalização serão repassados por meio de empresas integradoras, que deverão reunir um conjunto mínimo de 250 salas em cada pedido de financiamento, das quais, obrigatoriamente, 20% de pequenos exibidores.

Os recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) serão garantidos por meio do fluxo futuro de pagamento por cópia virtual pelos distribuidores (“virtual print fee”), aluguéis e taxas de manutenção dos equipamentos.

O aluguel pago pelo exibidor deverá espelhar os custos financeiros estabelecidos pelo FSA. Para projetos que envolvam grupos com até 10 salas de cinema, não será cobrada taxa de juros, enquanto para os grupos com mais de 10 salas será cobrada taxa de 3% a.a.

Na avaliação da ministra, a linha de crédito representa “uma janela de oportunidades gigantesca” para o cinema nacional. “Nós queremos mais salas de cinema abertas. E isso é uma economia muito grande para os produtores porque, por meio da digitalização, você não só barateia, mas evita a logística”.

A fim de reduzir o custo final para os pequenos exibidores, o Comitê Gestor do FSA autorizou a dotação de R$ 6 milhões não reembolsáveis (equivalente a R$ 15 mil por sala), que serão abatidos do fluxo de pagamentos dos exibidores com até 4 salas.

Digitalização
Para o BNDES, a digitalização viabilizará a inserção dessas salas no circuito comercial de lançamentos, aumentando sua competitividade e viabilidade econômica.

O presidente da Ancine, Manoel Rangel explicou que a digitalização é um processo que ocorre em todos os países hoje e que vem se acelerando nos últimos anos. “Com o lançamento desse programa de digitalização, nós estamos equiparando o Brasil com o que os maiores países do mundo estão fazendo, para que as mais de 240 empresas que atuam no mercado exibidor possam garantir a permanência, o funcionamento e a modernização das suas salas e, portanto, fortalecer o mercado interno”.

Via Portal Brasil