Internacional

Último rinoceronte de espécie rara da Malásia morre de câncer

Iman fêmea de 25 anos era da espécie Sumatra

24 NOV 2019 • POR Sarah Chaves, com informações do G1 • 15h32
Rinoceronte-de-Sumatra - Supri/Reuters

A rinoceronte fêmea, chamada Iman, última  da espécie Sumatra, morreu no sábado (23), na reserva natural em que vivia na ilha de Bornéu na Malásia.

De acordo com o departamento de Vida Selvagem de Sabah, a morte foi em decorrência de um câncer.

O diretor do departamento, Augustine Tuuga, disse à agência de notícias France Presse que o animal, de 25 anos, começou a sofrer fortes dores devido à pressão dos tumores. "Acredito que podemos confirmar que o rinoceronte-de-sumatra está extinto na Malásia", disse Tuuga.

Na mesma reserva, o último macho da espécie, chamado Tam, morreu em maio deste ano. Em 2017, outro indivíduo da espécie, a fêmea Puntung, morreu em cativeiro na Malásia.

O rinoceronte-de-sumatra, considerada a menor da espécie de rinoceronte do mundo, foi declarado extinto na natureza na Malásia em 2015.

Especialistas em biodiversidade estimam que existam apenas de 30 a 80 rinocerontes-de-sumatra no mundo, a maior parte na ilha de Sumatra, na Indonésia, e na ilha de Bornéu, que é dividida entre Malásia, Indonésia e Brunei.

O isolamento, causado pela perda de habitat e pela caça, faz com que a espécie raramente consiga se reproduzir, o que pode causar sua extinção nas próximas décadas, de acordo com o grupo International Rhino Foundation.

Desde 2011 a Malásia está tentando reproduzir a espécie em cativeiro atrás da fertilização in vitro, ainda sem sucesso. Christina Liew afirma que o material genético do rinoceronte Tam foi preservado para tentativas futuras de reprodução da espécie.