Polícia

Filho adotivo é espancado por pais e vai parar na UTI

A criança foi encontrada com diversos hematomas nas costas

10 DEZ 2019 • POR Jônathas Padilha, com informações do 24 horas • 16h31
O casal adotou o menino do município de Corumbá, MS - Reprodução/Internet

Uma criança, 8 anos, foi levada ao Hospital Evangélico com graves hematomas em seu corpo após apanhar de seus pais adotivos, Israel Zanoni, 29 anos, e Sarah Zanoni, 23 anos, no domingo (8) em Londrina, PR.

O casal de Londrina adotou o garoto da cidade de Corumbá, MS, há dois meses. Assim que foi atendido no hospital, o menino foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva pela gravidade dos ferimentos e por ter episódios de convulsão.

Os pais adotivos disseram aos médicos que o filho já apresentava problemas de convulsões, e que por esse motivo, não estava bem de saúde.

O médico responsável acionou o Conselho Tutelar, que por sua vez, comunicou a Policia Militar local sobre o caso. Os dois foram presos sob a acusação de torturar e quase provocar a morte do filho e prestaram depoimento à Polícia Civil na tarde dessa segunda-feira (9).

Em depoimento ao delegado, o casal disse que o motivo do espancamento é porque o menino “estava de birra“. Sarah disse “Ele me mordeu, e eu mordi de volta para assustá-lo“ tentando justificar a agressão. A mulher também confirmou que além de morder, usou varinha e chinelo para bater na criança.

Também no depoimento, o casal disse que o menino havia se “debatido” e que por isso se machucou com gravidade, mas não tinham intenção de espanca-lo, e que tudo “foi um acidente”.

Segundo a Polícia Civil o casal vai responder por tentativa de homicídio qualificada e tortura, uma vez que a criança está internada e devido a gravidade dos ferimentos.

Prisão preventiva

No final da tarde de ontem, a Justiça autorizou a prisão preventiva dos acusados durante a audiência de custódia deles.

O advogado de defesa, Mário César de Carvalho Pinto, disse que vai revogar a prisão, já que os dois são réus primários, têm emprego e residência fixa. “Entendemos que houve um exagero, mas discordamos da tentativa de homicídio que a Polícia Civil alega”.

A prisão do casal tem validade de 90 dias, mas pode ser prorrogada.

Assista o depoimento