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Bombeiro agride e raspa cabelo da filha após ver vídeo com cigarro e bebida

Amanda Soares, mãe da jovem, afirmou que o ex-marido confessou as agressões

14 DEZ 2019 • POR Priscilla Porangaba, com informações do R7 • 15h15
A menina contou ainda que foi xingada e, em seguida, teve o cabelo cortado com máquina pelo agressor - Reprodução/Internet

A Polícia Civil investiga um sargento do Corpo de Bombeiros, não identificado, apontado como autor de uma agressão contra a filha de 14 anos, que teve a identidade preservada, na zona norte do Rio de Janeiro.

O caso foi registrado na 30ª DP Marechal Hermes na quinta-feira (12).

Em entrevista à Record TV, a adolescente disse que o pai estava embriagado quando a atacou. Segundo a vítima, a motivação do crime foi um vídeo em que ela aparece experimentando cigarro e bebida com amigos numa praça.

"Ele veio para a sala já de mão fechada e começou a socar essa parte do meu corpo aqui (apontou para lateral). Aí, fiquei falando para ele parar porque estava doendo. Ele falou para eu calar a boca", afirmou.

A menina contou ainda que foi xingada e, em seguida, teve o cabelo cortado com máquina pelo agressor. A mãe da vítima, Amanda Soares, disse que o ex-marido confessou as agressões.

"É muito difícil ver um filho nosso desse jeito. E ele ainda disse que fez e faria novamente, porque não se arrepende. Ele falou isso na frente do delegado".

A mulher afirmou também que este não foi o primeiro episódio de violência por parte do bombeiro contra a família.

"Foram quase 14 anos de casamento sofrido, humilhação, maus-tratos, agressões físicas e verbais, além de traições. Ele já foi preso, já me ameaçou, já deu tiro em mim e no meu companheiro", disse ao se referir a uma tentativa de invasão à residência dela ocorrida em janeiro deste ano.

A Polícia Civil informou que foram instaurados dois inquéritos, sendo um para apurar as lesões e injúrias à menor, e outro, inicialmente, para apurar disparo de arma de fogo.

Já o Corpo de Bombeiros instaurou um processo administrativo disciplinar para apurar a conduta do militar. A Corregedoria Interna da corporação também determinou a suspensão do porte de arma do sargento.