Política

Bolsonaro diz que queda da Selic trará economia de R$110 bi

Taxa básica de juros atinge o menor percentual já registrado

20 DEZ 2019 • POR Jônathas Padilha, com informações da Agência Brasil • 13h51
Presidente também falou sobre sua assinatura no indulto de Natal - Reprodução/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (20) que a redução da taxa básica de juros, a Selic, garantirá uma economia de R$ 110 bilhões para os cofres públicos. Após uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que aconteceu nesta semana, o Banco Central decidiu reduzir a Selic em 0,5, chegando a 4,5%, o menor percentual já registrado.

Ao deixar o Palácio da Alvorada nesta manhã o presidente anunciou. “Só de juros, ano que vem, vamos pagar, dada a taxa Selic, menos R$ 110 bilhões em juros. Estamos recuperando o Brasil. Não é fácil”, disse.

Ao ser questionado sobre alguma possibilidade da equipe econômica criar uma nova modalidade de juros, sobre operações bancárias eletrônicas, Jair disse que este assunto está sob estudo, e que sua intenção é de substituir e simplificar impostos.

Bolsonaro ressaltou as dificuldades que “essa teia de impostos” traz aos patrões. “Se ele, ministro da Economia, está estudando, não chegou para mim ainda. O que ele quer na verdade é substituir impostos. Ele quer simplificar essa teia de impostos, porque é difícil ser patrão no Brasil. Qualquer fiscal que chegar na sua empresa vai achar uma maneira de te multar. Para você ser patrão aqui, precisa ser herói. Precisa ter poderes sobrenaturais para fugir das fiscalizações”, disse o presidente.

Sobre o indulto de Natal, o presidente disse que ainda não assinou, mas já decidiu que a medida, conceder perdão a presos, beneficiará policiais presos injustamente. "Talvez assine hoje. Não assinei ainda, mas vai incluir policiais."

Jair falou sobre sua opinião a respeito da possibilidade de criarem taxas para os consumidores de energia que fazem uso de painéis solares. “Quem decide essa questão é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que é uma agência autônoma. Não interferimos nela, mas estamos trabalhando, via ministro Bento, de Minas e Energia, para chegar a um bom termo. Mas a agência, se não me engano, segue orientações previstas em uma lei de 2012. Logicamente, se depender de mim, quem quiser colocar energia solar em sua casa terá imposto zero.”

Recentemente a Aneel abriu uma consulta pública para rever as regras que tratam da chamada geração distribuída, modo no qual os consumidores podem gerar sua própria energia elétrica em casa, geralmente através de painéis solares ou outra fonte de energia renovável.

Elaborada em 2012, o texto trata da micro e minigeração de energia distribuída, diz que é possível tanto consumir quanto injetar na rede de distribuição a energia produzida em sua casa e o excedente fica como crédito, podendo ser usado para o abatimento de uma ou mais contas de luz do mesmo titular.