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Usuários do Facebook podem ter tido dados hackeados

Facebook investiga se dados como nome e número de telefone podem ter sido compartilhado por Hackers

21 DEZ 2019 • POR Sarah Chaves, com informações do Valor Econômico • 10h48
Hacker é qualquer pessoa que se dedique intensamente em alguma área específica da computação - Reprodução

A notícia desta sexta-feira (20) levanta a possibilidade de que grupos criminosos tenham sido capazes de acessar essas informações pessoais, fazendo-as circular hoje, mesmo em meio aos esforços do Facebook para proteger o grande volume de informações delicadas que guarda.

Os dados, teriam sido expostos em um fórum de hackers por uma organização criminosa, na semana passada, segundo o site de tecnologia "Comparitech".

Os analistas teriam percebido o problema e tirado as informações do ar na quinta-feira (19), mas os dados podem ter sido usados para enviar “spams em grande escala por SMS e em campanhas de ‘phishing’ [fraudes eletrônicas para adquirir dados pessoais]”, segundo o "Comparitech".

O Facebook informou estar “analisando a questão” e considera “provável que as informações tenham sido obtidas antes das mudanças” feitas nos últimos anos “para proteger melhor as informações das pessoas”.

A rede social está elaborando nos últimos meses um novo “programa de privacidade”, que inclui a criação de um comitê de privacidade independente de seu conselho de administração, como parte de um acordo judicial recorde de US$ 5 bilhões com a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) por seu histórico de violações de privacidade.

Após o vazamento de dados da Cambridge Analytica, empresa britânica que foi acusada de acessar ilegalmente informações de usuários do Facebook e usá-las em campanhas políticas, a rede social decidiu restringir o acesso a certos tipos de dados, incluindo telefones.

O "Comparitech" informou que a base de dados pode ter sido recolhida por uma “operação de ‘raspagem’ ilegal” anterior a 2018, mas sinalizou que o Facebook também pode “ter uma brecha de segurança que permitiria aos criminosos acessar identidades e números de telefone dos usuários mesmo depois que o acesso foi restringido”, finalizou em artigo.