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"Maior presente ganhei há 46 anos, minha velha", diz ganhador da Mega da Virada

Marcos Nonato Arraes é um dos vencedores da Mega-Sena da Virada

3 JAN 2020 • POR Priscilla Porangaba • 09h33
"Tenho filho, tem família. Vamos ver o que meus filhos vão fazer, tenho cinco filhos" - Reprodução/Internet

O pecuarista Marcos Nonato Arraes, de 70 anos, é um dos vencedores da Mega-Sena da Virada de R$ 304,2 milhões, mas segundo ele, se emocionar nessa "altura do campeonato da vida é perigoso".

O idoso foi um dos compradores das 26 cotas do bolão vencerdor realizado em uma casa lotérica de Juscimeira (MT). Ele levará R$ 2,9 milhões para casa, mas disse que não houve emoção em sua reação. 

Ele contou que na idade em que está não é muito inteligente se emocionar. "A emoção é... Não tem emoção, a gente é acostumado a trabalhar, né. Velho não pode ter emoção, porque se velho tiver emoção, morre. Eu jogo há muito tempo, faz muito tempo que eu jogo. Tenho filho, tem família. Vamos ver o que meus filhos vão fazer, tenho cinco filhos", contou.

Para o ganhador, o melhor presente ele já tem que é a esposa dele há 46 anos. "Vou passar mais uma que você não sabe: hoje é meu aniversário. É bom demais, né? Velho não pode fazer aniversário porque fica muito alegre e é perigoso morrer. Toda a vida, a vida é essa, né? O presente maior que eu ganhei foi a minha velha há 46 anos", respondeu ele.

Ele pagou R$ 107,94 pelo bilhete e receberá um prêmio de R$ 2,9 milhões pela cota adquirida. O bolão com 26 apostas foi organizado por Jaqueline, funcionária da lotérica, mas ela não comprou uma das cotas.

A moça foi chamada pela repórter e disse que fez todas as 26 apostas na máquina. "Não precisa, não. A gente fica feliz por cada um deles, todos os ganhadores", relatou. "Eu vim fazer mais um joguinho e agradecer à menina ela,  dar uma gorjeta para ela", afirmou Marcos. 

Foi Jaqueline, então, que ligou para a casa de Marcos e informou que ele estava entre os ganhadores. "Sou sempre eu que ligo para ele falando que tem um bolão", completou a funcionária da lotérica. "Tem vezes que ela paga para mim, e depois eu venho pagar, né, filha?", lembrou ele.

"Eu não sei como é que ela faz na máquina, só sei que ela me liga e diz que está pronto. Eu não assisti ao sorteio não. Foi ela que deu a notícia, aí meu genro conferiu", disse o pecuarista, que disse não ter medo de dar entrevista: "Eu não tenho questão, não tenho por quê. Não sou assombrado".