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Santa Casa registra nascimento de gêmeas siamesas na capital

Maria Julia e Luna Vitória nasceram na maternidade do hospital com 35 semanas

7 JAN 2020 • POR Sarah Chaves, com informações da assessoria • 12h36
Gêmeas siamesas nascidas na Santa Casa - Reprodução/Assessoria

Um caso raro de parto de gêmeas siamesas ocorreu na Santa Casa de Campo Grande na última sexta-feira (3). Maria Julia e Luna Vitória, nasceram com 35 semanas e interligadas pelo tórax e parte superior do abdômen, pesando juntas 3.890kg.

De acordo com a Santa Casa, este é o terceiro caso atendido no hospital nos últimos seis anos. O neonatologista, Dr. Walter Perez, os outros nascimentos desse tipo não foram tão bem sucedidos. “Nos outros casos, uma das duplas de gêmeos foram estabilizados e transferidos para Goiânia já os outros gemelares foram a óbito ainda no pronto-socorro Pediátrico (nascidos em Três Lagoas). São casos raros que precisam ser estudados minuciosamente antes de tomarmos qualquer decisão”, explicou.

A mãe das gêmeas, Alice Aparecida Silva, ficou internada na Santa Casa por quatro vezes durante a gestação e contou que descobriu da situação das filhas no primeiro ultrassom. “No dia oito de agosto do ano passado fiz meu primeiro ultrassom e já fui informada da situação das meninas que estavam interligadas. Aí meu mundo e do meu esposo caiu, pois sabemos que é um caso muito delicado”, revelou.

Alice diz que a expectativa e sair do hospital com as bebês saudáveis. “Todo suporte que eu tive aqui na Santa Casa desde o começo foi maravilhoso. Eu sou muito grata. Agora queremos que elas fiquem fortes logo e levar elas para casa. Estamos torcendo para que tudo dê certo. Só de elas estarem vivas até agora já é uma vitória. Sabemos que toda equipe envolvida com nossas filhas está fazendo o melhor”, agradeceu.

Segundo informações do hospital, as gêmeas seguem grave, porém estável hemodinamicamente. Elas permanecem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Santa Casa e respiram com o auxílio de aparelhos. A equipe médica informa ainda que as gemelares recebem antibióticos, alimentação parenteral, recebendo acompanhamento da equipe médica clínica e cirúrgica multidisciplinar e que ainda não tem definição em relação a cirurgia de separação.