Polícia

À mão, mãe escreve carta pedindo transferência de miliciano; defesa quer HC

Rafael Antunes foi preso acusado de integrar uma milícia que detinha um armamento avaliado em R$ 500 mi

7 JAN 2020 • POR Mauro Silva • 15h06
Rafael Antunes e Robert Kopetiski foram presos pela primeira vez em maio do ano passado durante operação Ormetà - Foto: Kísie Ainoã

Luciene Rosa Antunes,  mãe do guarda municipal, Rafael Antunes Vieira, preso no ano passado na operação Ormetà acusado de fazer parte de uma milícia que atuava no Estado, pede à Justiça por meio de uma carta a transferência do filho à capital. Com isso, a defesa do acusado entrou com um pedido de habeas corpus, além de solicitar o cancelamento da transferência do preso, do Centro de Triagem em Campo Grande, para Dourados.

Na carta de Luciene, ela declarou que não tem condições financeiras de visitar o filho no interior do Estado. Ainda segundo a mãe, ela não vê o filho desde o ano passado, sendo que enquanto o mesmo estava na capital era visitado todos os dias pela família. “Peço encarecidamente que traga ele (Rafael Antunes) para o Centro de Triagem de Campo Grande”, disse Luciene.

Além de Rafael, o advogado, Anderson Luiz Ferreira Buzo, também defende outro guarda municipal que também foi preso na Ormetà por fazer parte da milícia, Robert Vitor Kopetiski. No mesmo pedido de providências, a defesa também solicita que Vitor não fique no presídio de Naviraí, o advogado pede o HC do acusado.

Rafael e Robert foram transferidos no dia 21 de dezembro do ano passado, segundo a defesa, a transferência é “equivocada” por parte da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). “Sendo que segundo informações dos agentes, conforme carta em anexo, os acusados foram transferidos por causa de uma carta com uma denuncia falsa”, alegou a defesa no pedido à Justiça.

“A AGEPEN ao invés de fazer a verificação da referida denuncia de pronto transferiram os acusados, um dia antes da ceia de Natal com a Família no Centro de Triagem, sendo que conforme cartas anexas escritas a próprio punho a família está desesperada e preocupada com os requerentes, sendo que não possuem condições financeiras para visitas”, completou o advogado em seu argumento.

Presídios sem condições

Dessa forma, Anderson Luiz que a mudança dos reeducandos ao interior deve ser cancelada para que fiquem próximo de suas famílias. O advogado alegou no documento que os presídios de Naviraí e Dourados não disponibilizam de condições para abrigar Rafael e Robert.

Ambos foram presos no dia 19 de maio do ano passado acusados de formarem uma milícia que detinha um armamento avaliado em R$ 500 mil, mas foram soltos no dia 31 do mesmo mês e depois presos novamente no dia 31 de julho de 2019.

Carta da mãe de Rafael Antunes