Geral

CRAS recebe mais de 2 mil animais em 2019

A maioria dos animais chegam ao Hospital por ferimentos ou tráfico

8 JAN 2020 • POR Jônathas Padilha, com informações da assessoria • 16h58
Agentes de saúde do CRAS realizando operação em uma onça parda - Reprodução/Assessoria

O Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) divulgou que recebeu 2.085 animais vítima de tráfico ou com ferimentos no ano de 2019. A maioria deles, 1.565, foram aves de diferentes espécies.

O CRAS é um hospital veterinário, com especialização no tratamento e reabilitação de animais silvestres e é vinculado ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Entre as aves, a diversidade entre elas é grande, desde araras, papagaios, corujas, até pássaros de pequeno porte, como curiós e canários. Muito desses foram criados em cativeiro e sem licença ambiental.

O segundo grupo que chama atenção por mais dar entrada no Centro de Reabilitação foram os mamíferos, chegando a 340 animais. Na lista estão mamíferos como, anta, onça, tamanduá bandeira, macaco. Logo abaixo deles, os répteis foram 180 dos animais atendidos.

Lucas Cazati, médico veterinário do CRAS, explicou que na maioria das vezes, as aves que chegam até o hospital são filhotes, o que dificulta o tratamento pela fragilidade. Assim, poucas delas conseguem se desenvolver e voltar a natureza.

E os animais chegam em massa, como aconteceu no mês de setembro, quando uma equipe da Policia Militar Ambiental (PMA) realizou uma apreensão de 150 filhotes de papagaios em Bataguassu, levadas por um motorista de caminhão que as conduziam escondidas em caixas de madeira.

Cazati também comentou que no CRAS os filhotes recebem alimentação adequada, medicação e cuidados, porém fora de seu habitat, muitos não resistem. Alguns animais, pelas características da espécie, têm dificuldade de se readaptar ao ambiente natural, como acontece com as onças.

O CRAS conta com sete onças pardas adultas, que chegaram muito jovens, algumas porque suas mães foram mortas por caçadores, e agora não têm para onde ir ou perderam o instinto de caça, impossibilitando sua sobrevivência em seu habitat natural.