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Jovem com síndrome tem vaga negada no Colégio Adventista

Segundo a mãe do jovem, a instituição agiu com preconceito ao saber da situação

13 JAN 2020 • POR Mauro Silva • 14h59
Colégio Adventista do Jardim dos Estados se nega a matricular jovem com síndrome de DiGeorge - Reproudção internet

Keila da Costa Meneses, 39 anos, mãe de um jovem, de 19 anos, passou por um momento lamentável ao tentar matricular seu filho, que tem a síndrome de DiGeorge, no Colégio Adventista Jardim dos Estados na última quinta-feira (9). Segundo ela, a instituição não quis matricular o rapaz por preconceito, além de que um dos coorenadores afirmou "não ter vaga para alunos laudados". 

Indignada com a situação, Keila postou no grupo Aonde não Ir em Campo Grande um relato do que havia acontecido, ela ficou triste com o preconceito sentido na pele por ela e pelo filho ao ir no colégio para matricular o jovem. “Hoje passei por algo que jamais imaginei passar, tenho um filho especial o qual tem apenas uma leve síndrome que faz com que o mesmo tenha um atraso no desenvolvimento escolar, porém algo simples o qual nunca acarretou nenhum tipo de preconceito em colégio algum por ele já frequentado”, afirmou.

“Resolvi mudar meu filho de colégio por motivos particulares e fui até o Adventista, chegando no colégio já especificado fui muito bem tratada pela recepcionista que inclusive me disse existir várias vagas para o ano que o mesmo irá cursar, ela me indagou se eu gostaria de falar com o coordenador”, acrescentou.

Até então tudo estava indo bem, o coordenador que recebeu  Keila disse que a instituição prega o ensino, educação e religião ( Deus ). Depois da apresentação ela foi até a sala do coordenador para falarem sobre os valores. “Mas quando ele ficou sabendo que meu filho tem um pequeno atraso de desenvolvimento em relação ao aprendizado ele foi ríspido e direto me dizendo ; não temos vaga nessa escola para alunos laudados”, disse.

Segundo a mãe, neste momento seus olhos se encheram de lágrimas, pois ela disse que nunca, ao longo destes 19 anos, havia passado por uma situação desta. “Meu filho sempre foi admirado por todos. Gostaria de expor minha indignação e repúdio a tal colégio que não sabe os verdadeiros valores no ensino e dizer”, protestou Keila.

Resposta da Instituição

O JD1 Notícias entrou em contato com a instituição e aguarda o retorno prometido, que não chegou até o fechamento desta edição.  Segundo Keila, ela vai entrar na justiça para que a instituição entenda o erro que cometeram. “Fiquei sabendo que eu não sou a única pessoa que passei por isso, e o colégio responde a outros processos que correm em segredo de justiça”, afirmou.

A síndrome de DiGeorge é uma doença decorrente de imunodeficiência de tipo congênita, na qual o timo está ausente ou subdesenvolvido no nascimento.