Polícia

Ministro paraguaio diz que diretor do presídio é suspeito de facilitar fuga

Além do diretor, outros 30 agentes da prisão foram detidos como suspeitos

20 JAN 2020 • POR Jônathas Padilha, com informações da Uol • 14h57
Fiscais do Ministério Público do Paraguai foram até o presídio para realizar investigações - Reprodução/Internet

O diretor do presídio de Pedro Juan Caballero e outros 30 agentes carcerários foram detidos e devem prestar esclarecimentos ao Ministério Público da República do Paraguai nesta segunda-feira (20) por suspeita de facilitação na fuga de 75 detentos.

Nesse domingo (19), o Governo do Paraguai anunciou os afastamentos de Joaquín González, diretor-geral de estabelecimentos penitenciários, Matías Vargas, chefe da Segurança, Cristian González, diretor da prisão, e outros cinco agentes penitenciários.

As três promotoras que estão à frente das investigações foram na tarde de ontem ao presídio fazer vistoria e após a ação, pediram a detenção dos 31 suspeitos de envolvimento para maiores esclarecimentos.

Em nota, a promotoria paraguaia justificou a medida. "Com a autorização judicial e acompanhamento das juízas de execução Dalmi Gómez e a juíza de sentença Carmen Silva, foram apreendidos celulares para cruzamento de chamadas e análise de informações, tanto das pessoas detidas como de aparelhos celulares encontrados em um escritório invadido."

Euclides Acevedo, ministro do Interior, afirmou que o Brasil e Paraguai estão trabalhando juntos para a recaptura dos 75 criminosos. Para ele, houve envolvimento dos agentes penitenciários. "Estamos trabalhando com a hipótese de que houve uma liberação de presos. A cumplicidade pessoal dos agentes não é só verossímil, como é quase evidente", afirmou.

Possível afastamento

A ministra da Justiça do Paraguai, Cecilia Pérez, colocou seu cargo à disposição do presidente, Mario Abdo Benítez. "A responsabilidade política deste ministério é minha. E eu trabalho e devo ao presidente, à sociedade e opinião pública. O presidente tomará a decisão que tiver de tomar", disse.

No entanto, a mesma disse que o presidente determinou que ela siga trabalhando para reverter a situação, considerada grave pelo governo.