Fábio critica corte de verbas na fronteira e cobra vinda de Moro a MS
O deputado lamentou também o atraso no cronograma do projeto do Sisfron
23 JAN 2020 • POR Mauro Silva, com informações da assessoria • 13h35O deputado federal, Fábio Trad (PSD-MS), disse, durante entrevista ao Bom Dia MS, nesta quarta-feira (22), que o Mato Grosso do Sul precisa de uma visita urgente do ministro da Justiça, Sérgio Moro, além de retomada dos investimentos no Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). Fatores que são importantes para combater os crimes de contrabando e narcotráfico, segundo o parlamentar.
O assunto veio a tona depois que 76 detentos fugiram da penitenciária de Pedro Juan, fronteira no Paraguai, fronteira com Ponta Porã, no último domingo (19). E, segundo o deputado, o fato expôs essa triste realidade e colocou o Estado nas páginas policiais do noticiário internacional.
“A questão que se coloca é a necessidade da presença física do ministro Sérgio Moro para discutir com as autoridades estaduais um plano efetivo e emergencial para conter a criminalidade, que está crescendo nesta região”, disse.
Em relação ao Sisfron, em fase de instalação há 7 anos e com uma extensão de 650 quilômetros de fronteira, de Mundo Novo a Bela Vista, o deputado lamentou o atraso no cronograma do projeto por conta de cortes de verba. De 2016 para 2017 o governo Michel Temer cortou pela metade o dinheiro injetado no Sisfron. O investimento passou de R$ 285,7 milhões para R$ 132,4 milhões.
“É preciso investir neste sistema, que é um bom projeto e não recebeu sequer 20% das verbas previstas inicialmente. Sem o recurso recursos para investir, evidentemente que não teremos condições operacionais de combater a criminalidade”.
Projetado para cobrir 16 mil quilômetros em toda a fronteira brasileira e dotado de equipes especiais, carros de combate, radares, antenas e centro de operações para gerenciamento de operações, o investimento total no Sisfron foi orçado em R$ 11,9 bilhões, com entrega até 2022 o que, por falta de dinheiro, só deve acontecer em 2035.