Política

Vereador cria PL para extinguir os flanelinhas

André Salineiro do PSDB afirmou que lançou o projeto de lei para que motoristas não sofram ameças ou agressões

6 FEV 2020 • POR Jônathas Padilha, com informações da assessoria • 13h35
O presidente Jair Bolsonaro criou uma MP para proibir a função, mas aguarda aprovação do Congresso - Izaías Medeiros

O vereador André Salineiro (PSDB) apresentou nesta quinta-feira (6) na Câmara Municipal de Campo Grande (CMCG) um projeto de lei para proibir a atuação dos guardadores de carro, ou como são conhecidos, ‘flanelinhas’.

Os famosos ‘flanelinhas’ são comumente vistos nos grandes centros comerciais de Campo Grande auxiliando os motoristas a encontrarem vagas e estacionarem os veículos. A atividade foi regulamentada por uma lei federal em 1975, mas revogada por uma medida provisória do atual presidente, Jair Bolsonaro.

Apesar de ser uma profissão comum nos centros de todo o Brasil, muitos deles intimidam os clientes com ameaças de destruição do veículo caso não pague a quantia desejada por eles, que não é obrigatória.

Durante sua fala, Salineiro disse que muitos deles agem na coerção dos motoristas. “Os condutores, muitas vezes pagam algo, por medo de terem seu veículo danificado por retaliação. Prova disso, são ocorrências recentes de brigas e até lesões, que foram parar na polícia. Há casos de briga por ponto também. Em setembro, um rapaz foi esfaqueado próximo ao Mercadão Municipal. É algo que acontece em via pública, na qual ninguém tem o direito de cobrar por um serviço”, argumentou.

A MP do presidente, que institui a Carteira de Trabalho Verde e Amarela, aguarda aprovação do Congresso Nacional. Em Campo Grande, o vereador apresentou o PL para proibir os ‘flanelinhas’ desde já.

O vereador ressaltou que apesar de não ser a maioria, a função de guardador não garante uma responsabilidade caso haja algum dano no veículo. “O que acontece na prática é constrangimento, coação e doação de esmola, porque não há um preço definido e muitas pessoas dão dinheiro por medo ou como esmola”, diz Salineiro.