Mandetta apresenta novo método de combate a dengue em Mato Grosso do Sul
O ministro da Saúde assinou, junto do governador, a formalização do método Wolbachia
17 FEV 2020 • POR Jônathas Padilha • 12h18O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, com o apoio do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, assinou nesta segunda-feira (17) a formalização da participação do município de Campo Grande no método Wolbachia. O ministro também veio ao Estado para entregar a secretaria estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul 80 equipamentos para a Rede de Atenção Especializada do Estado.
No evento, foi assinado o termo de Cooperação entre o ministério, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e secretarias de saúde de MS e Campo Grande para a apresentação e discussão de ações de imunização, vigilância das arboviroses, tuberculose e o método wolbachia.
O método Wolbachia é uma estratégia do ministério da Saúde que infecta o Aedes com a bactéria wolbachia, que reduz a capacidade do mosquito de transmitir a dengue, zika e chikungunya.
O ministro falou um pouco sobre o evento realizado. “O que estamos fazendo hoje é basicamente ensinar as pessoas a usarem as ferramentas de gestão para poder medir, ter o indicador e poder comprovar o trabalho que está fazendo.”
Mandetta, que é de Mato Grosso do Sul, falou sobre a situação sanitária no Estado. “Campo Grande tinha as menores taxas de mortalidade infantil do Brasil, mas começando 2013 os indicadores começaram a cair e a situação piorar em quase tudo.”
Entretanto, o ministro comentou sobre estatégias para recuperar a situação. “Agora começa uma recuperação e para isso, o ministério aproximou a Fiocruz com a secretaria de saúde de Campo Grande, que estão trabalhando em capacitação para que as nossas redes de saúde possam voltar ao padrão que tinha, tentando recuperar o tempo perdido.”
Ao lado de Mandetta, o governador falou sobre o apoio do ministério ao Estado. “Neste ano tivemos o maior volume de recursos disponíveis do ministério a Mato Grosso do Sul. Nós vamos finalizar até o meio do ano o hospital de Três Lagoas e até o final, o hospital do câncer, aqui em Campo Grande. Isso só foi possível com o apoio do ministério, que tem nos ajudado muito.”
Azambuja também falou sobre a estratégia do novo método para Campo Grande. “Eu acho que tudo que contribui para a diminuição da proliferação através do próprio Aedes aegypti é importante. Eu tenho certeza que esse método, que já deu certo em alguns lugares, agora vai para uma escala maior, que é você poder inocular no mosquito e ele solto, poder transmitir isso para as outras espécies.”