Polícia

Madrugada de pânico, depoimento revela crueldade de guarda

O crime foi tratado pela delegacia como uma “execução cruel”

5 MAR 2020 • POR Gabriel Neves • 15h47
A esquerda está Camila Telis Bispo, sobrevivente e amiga da ex-namorada de Valtenir Pereira da Silva, que está a direita - Reprodução/Internet

Novos depoimentos colhidos pela Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher (DEAM) revelam a forma como Valtenir Pereira da Silva, 35 anos, matou a ex-namorada Maxelline da Silva dos Santos, 28 anos e Steferson Batista de Souza, 32 anos. O ex-guarda municipal teria tentado reatar o namoro antes de cometer o crime.

De acordo com a DEAM, além da vítima sobrevivente Camila Telis Bispo, 31 anos, foram ouvidas outras duas testemunhas que estavam no local no momento do crime. Elas revelaram que Valtenir chegou na casa com a suposta intenção de reatar seu namoro com Maxelline.

Segundo a DEAM, as testemunhas relataram que a conversa teve um tom mais calmo inicialmente, mas no final ouve um desentendimento entre o autor e a vítima, pois ele queria levá-la a força e ela dizia “eu não quero”.

Neste momento Camila tentou acalmar o autor, quando ele sacou a arma e deu um tiro contra ela. Logo depois do disparo Steverson saiu a porta para saber o que estava ocorrendo e também foi atingido com um tiro.

Enquanto o ex-guarda municipal realizava os dois disparos, a ex-namorada tentava impedi-lo segurando-o pelo braço e pedindo para que parasse, foi quando Valtenir realizou o disparo, quase a queima roupa, contra a cabeça de Maxelline.

As outras testemunhas que relataram a nova versão à polícia, disseram que presenciaram todo o corrido de longe, pois já estavam dentro do carro após se despedirem dos colegas, eles também revelaram terem arrancado com o veículo e voltado após perceber que o autor havia fugido do local.