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Expogrande e grandes shows tornam-se ameaças sanitárias

Shows da exposição e outros, como o de Gusttavo Lima, viram eventos de alto risco

14 MAR 2020 • POR Da redação • 08h30

Dois grandes eventos, a Expogrande e o show de Gusttavo Lima, que acontece dia 21, tornaram-se ameaças ao esforço de contenção do coronavírus em Campo Grande.

A exposição tem vários shows em sua grade, que já estariam confirmados. Raça Negra, Luan Santana, Marilia Mendonça, por exemplo, com possibilidade real de atraírem mais de 20 mil pessoas.

 A mega aglomeração no Parque de Exposições colocará um grande público colado, lado a lado, e onde será impossível qualquer das restrições de distância acontecer.

Outro espetáculo  de grandes proporções é o show de Gusttavo Lima, marcado pra ocorrer no próximo dia 21, no Morenão, e tem previsão de mais de 30 mil pessoas, a maior parte no gramado do estádio, rompendo todas as normas de segurança, e os protocolos de saúde que estão sendo seguidos.

Ambas as situações são importantes para a indústria de entretenimento, movimentam milhões e dão empregos a centenas de pessoas. Nesse momento, porém, eles têm um efeito colateral difícil de deglutir, o de, na pior das hipóteses, matar pessoas e de contaminar centenas, talvez milhares de cidadãos da cidade de Campo Grande.

O prejuízo humano pode ser incalculável dentro do quadro de expansão geométrica constatado pelo ministro Luiz Henrique Mandetta. O gabinete de crise do governo estadual quer rever a situação e forçar um adiamento desses eventos e de outros menores.

A direção da Acrissul resiste, mas a medida mais drástica é que tornou-se uma questão de saúde pública e não mais política. Outra situação de menor público, mas com razoável concentração de pessoas, como competições esportivas, também tornaram-se situações com elevado grau de complexidade.

Prejuízo – O custo econômico de medidas de contenção do coronavírus é inquestionável. Representará desemprego em vários segmentos, desaquecimento econômico e até mesmo queda de arrecadação de tributos em todas as esferas, federal, estadual e municipal, além de custar muito caro principalmente no tratamento de pessoas já infectadas.

Qualquer medida proibindo ou adiando shows e eventos será dolorosa, mas parece não haver alternativa que o bom senso possa rascunhar.

Emergência – Assessores do governo estadual afirmaram que o governo do Estado e mesmo a prefeitura teriam dificuldades em impedir eventos, “apenas recomendar” é o que pode ser feito, mas, a partir de segunda-feira, o quadro pode mudar.

A exemplo de outros Estados, a decretação de “estado de emergência” será colocada ao governador Reinaldo Azambuja como opção para enfrentar a crise. Isso ampliaria os poderes do governo para tomar medidas mais contundentes.