Brasil

Governadores e imprensa mentem, afirma Bolsonaro sobre coronavírus

O presidente classifica como exagero os números divulgados pelo Ministério da Sáude em relação ao covid-19

23 MAR 2020 • POR Mauro Silva, com informações da Folha • 08h59
Jair Bolsonaro criticou medidas adotadas pelos governadores para combater o coronavírus - Pedro Ladeira - Folha Press

O presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), criticou à imprensa, neste domingo (22), as medidas de restrição de circulação adotadas em todo o país para controlar a pandemia do coronavírus.

Para Bolsonaro, a população saberá que foi enganada pelos governadores e pela mídia sobre os efeitos da doença. "Brevemente o povo saberá que foi enganado por esses governadores e por grande parte da mídia nessa questão do coronavírus ", disse Bolsonaro, em entrevista à TV Record. "Espero que não venham me culpar lá na frente pela quantidade de milhões e milhões de desempregados na minha pessoa”, afirmou.

Segundo o presidente a grande mídia e os governadores estão de olho em sua cadeira. Ele disse ainda que a população não precisa entrar e pânico e que doenças como esta costuma ocorrer pelo mundo. Mais importante que a economia é a a vida. Mas nós não podemos extrapolar na dose, com o desemprego aí, a catástrofe será maior”, disse.

Em relação aos dados do Ministério da Saúde, em relação ao coronavírus, Bolsonaro disse que há um exagero nos números. "Eu não trabalho [com projeções de números], não interfiro no trabalho do Luiz Mandetta, nosso ministro da Saúde, eu vejo os números que partem de lá, dessas projeções, e to achando que há um exagero nisso daí”, criticou.

O presidenciável disse que sua maior preocupação é com o desemprego que é proporcionado por “governadores irresponsáveis”, disse ele em entrevista a CNN. A crítica é uma referência às gestões de João Doria (São Paulo) e de Wilson Witzel (Rio de Janeiro) que decretaram o fechamento de serviços não essenciais em seus respectivos estados.

Bolsonaro disse que acredita nas medidas do seu governo para minimizar o impacto sofrido pela população. Ele falou sobre o não recolhimento de impostos federais, facilidade de crédito da Caixa Econômica e o adiantamento das parcelas do 13º para aposentados e pensionistas.