Agronegócio

Tereza Cristina estuda dar apoio financeiro a produtores

Ministra da Agricultura afirmou que abastecimento é prioridade da pasta durante a pandemia

23 MAR 2020 • POR • 17h35
Pequenos produtores seguirão entregando frutas e hortaliças nas escolas - Agência Brasil

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta segunda-feira (23) que a pasta tem estudado a viabilidade para atender aos pedidos de apoio econômico para o agronegócio brasileiro, como refinanciamento e disponibilização de crédito. Segundo a ministra, o objetivo é priorizar o abastecimento durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

A declaração foi feito durante entrevista nesta segunda no Canal Rural. “Estamos avaliando caso a caso. Por exemplo, está sobrando dinheiro de custeio. Temos que ver por que está sobrando e se podemos usar em outra utilidade. Estamos em contato com o Banco Central e com o Ministério da Economia para tomarmos providências antes que ocorra alguma descontinuidade. Com certeza, a agricultura é prioridade nesse governo”, disse Tereza Cristina.

Questionada sobre quando medidas concretas devem ser anunciadas, a ministra disse não ter um prazo definido. Mas relembrou que os pequenos produtores, que fazem parte do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), seguirão entregando frutas e hortaliças nas escolas. O governo, que garantiu o pagamento desses agricultores na última semana, estuda agora meios de fazer com que esse alimento chegue até as famílias das crianças que estão sem aulas.

Por enquanto, segundo a ministra, a prioridade do ministério é o abastecimento. “Estamos trabalhando diuturnamente para isso. Todos estão colhendo e esse produto precisa ser escoado. Precisa ser tirado da propriedade, ir para o ponto de processamento e então ir para a prateleira do supermercado. Não podemos deixar de fornecer o alimento que também previne que essa doença mate pessoas”.

Sobre o funcionamento dos portos, Tereza Cristina esclareceu que está em contato com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes. Ciente de que alguns trabalhadores de portos pedem a interrupção dos trabalhos, a ministra comentou que “se realmente chegarmos ao ponto das pessoas não quererem trabalhar, algumas medidas terão que ser tomadas”. Para evitar o fechamento, não está descartada a possibilidade de diminuir a intensidade dos serviços portuários.

Na entrevista, a ministra também reforçou que, à exceção das pessoas que integram os grupos de risco, todos os funcionários do ministério seguem trabalhando. Inclusive os servidores que realizam fiscalização sanitária em frigoríficos.

Por fim, a ministra da Agricultura pediu aos produtores rurais que tenham cuidado com a saúde. “Mantenham as distâncias necessárias e lavem as mãos. Nós temos uma missão importantíssima. Agricultores, motoristas de caminhão, transportadoras, pescadores, processadores de alimentos: a nossa missão é fornecer comida”, finalizou.